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Artigo mostra como abordar temáticas étnico raciais por meio da matemática

Conteúdo traz exemplo prático ocorrido em Uberlândia, onde professores da rede pública participaram de formações e apresentaram propostas pedagógicas com foco na história e cultura local


Durante a formação inicial e ao longo da carreira docente, os professores têm pouco contato com as temáticas etnico raciais, ainda mais os especialistas da área de exatas. O artigo “Etnomatemática e formação de professoras/es”, elaborado pelas pesquisadoras Cristiane Coppe de Oliveira e Viviane de Andrade Vieira Almeida, apresenta uma proposta para mudar esse cenário e destacar que o ensino afro-brasileiro pode ser realizado de forma interdisciplinar.

“A razão para o baixo desempenho dos estudantes em matemática, como foi  evidenciado no Pisa 2022, pode estar associada a fatores relacionados às questões sociais, que  emergem de situações motivadas pela desigualdade, preconceito e racismo com estudantes negros no âmbito educacional”, diz Cristiane Coppe de Oliveira. 

A pesquisadora enfatiza a importância de observar os fatos e acontecimentos pertinentes ao ambiente do estudante para a elaboração das atividades temáticas. Isso permite potencializar a imersão da cultura africana e afro-brasileira no espaço escolar.

A publicação está disponível gratuitamente no acervo digital Anansi – Observatório da Equidade Racial na Educação Básica. O conteúdo oferece exemplos de projetos pedagógicos que relacionam a matemática com as contribuições dos povos afro-brasileiros na cultura e na engenharia em Uberlândia (MG).

ℹ️ Conheça as pesquisas selecionadas pelo edital de Equidade Racial

As propostas foram desenvolvidas por professores que participaram do curso “Etnomatemática,  modelagem  matemática  e  formação  de  professores”. A iniciativa foi desenvolvida pelo grupo de pesquisa Nupem (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática ) da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), entre 2020 e 2022. 

ℹ️ Projeto com etnomatemática é realizado em escolas quilombolas de Mato Grosso

A iniciativa recebeu apoio do Itaú Social e Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), por meio do Edital Equidade Racial na Educação Básica. Além do artigo, a parceria também resultou no livro sobre formação de professores e na coletânea de artigos sobre a Modelagem Matemática com a cultura negra.

Sobre o curso
Os participantes do curso foram estimulados a refletir sobre a formação de docentes e a produção de conhecimentos com a temática racial. O conteúdo teve como referencial teórico o programa Etnomatemática, do professor Ubiratan D’Ambrosio,  matemático que ficou famoso por defender o estudo da disciplina a partir do conhecimento produzido por distintos grupos culturais. 

Sobre o edital
O edital selecionou 15 projetos de pesquisas a serem aplicadas em todas as regiões do país. Nove autores receberam apoio para produzirem artigos científicos sobre diversos temas voltados à relação racial, como práticas pedagógicas antirracistas, feminismo negro e representatividade na literatura infantil. As iniciativas contaram com suporte técnico e financeiro do Itaú Social e podem ser acessadas gratuitamente no site do programa.

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