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Pesquisas apontam caminhos para combater a evasão escolar

Edital do Itaú Social apoiou pesquisadores na análise dos desafios e possíveis soluções para garantir a permanência dos estudantes nos Anos Finais do Ensino Fundamental


O edital “Anos Finais do Ensino Fundamental: adolescências, qualidade e equidade na escola pública”, promovido pelo Itaú Social em parceria com a Fundação Carlos Chagas, selecionou 14 pesquisas voltadas à superação dos principais obstáculos enfrentados nessa etapa escolar. Diversas iniciativas tiveram como foco a análise dos fatores que contribuem para a evasão escolar e propuseram recomendações práticas para as redes de ensino.

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No município de Pojuca (BA), as pedagogas Lys Maria Vinhaes Dantas e Olivia Maria Costa Silveira realizaram a pesquisa: “Sexto Ano, Transições e Participação: diagnóstico e intervenção no Colégio Municipal Presidente Castelo Branco, Pojuca, Bahia”. O objetivo foi identificar formas de incentivar a permanência dos estudantes por meio da escuta e do acolhimento.

De acordo com as pesquisadoras, a evasão está relacionada a diversos fatores, entre eles a mudança na rotina escolar, como a introdução de múltiplos professores. Outro fator destacado são as transformações físicas e emocionais próprias da transição da infância para a adolescência.

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Nesse contexto, o projeto implementou diferentes estratégias, como a inserção de professores do 6º ano já no 5º ano, preparando os alunos para a pluridocência. Outra ação foi a criação do grupo formado pelos profissionais da educação para acompanhar o acolhimento e o desempenho dos novos alunos.

As medidas contribuíram para aumentar a taxa de aprovação do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental no município, subindo de 71,6% para 89,6%, entre 2017 e 2023, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). A experiência bem sucedida também foi adaptada para o curso “Apoio às Transições nos Anos Finais”, disponível gratuitamente na Escola Fundação Itaú

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A preocupação com a trajetória escolar nesta etapa é reforçada por levantamentos recentes. Dados da pesquisa “A permanência escolar importa: Indicador de Trajetórias Educacionais”, da Fundação Itaú, revelam que apenas metade (52%) dos estudantes  conseguem concluir o Ensino Fundamental na idade certa.

Outras iniciativas
Um fator de risco que pode levar à evasão escolar é a baixa autoconfiança dos estudantes em relação à aprendizagem. O estudo “Sucesso escolar: em busca de estratégias para o fortalecimento de crenças de eficácia”, coordenado pela psicóloga Roberta Gurgel Azzi e pela pedagoga Daniela Couto Guerreiro Casanova, identificou que o baixo desempenho acadêmico está associado a rupturas na trajetória escolar e até a quadros de depressão. 

A pesquisa também contou com apoio do Edital e foi realizada com estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental de onze escolas públicas, sendo nove de São Paulo e uma no Rio de Janeiro e no Pará. Os resultados mostraram que alunos com maior autoconfiança tendem a ser mais persistentes nos estudos, além de apresentarem menor vulnerabilidade a quadros de ansiedade, estresse e depressão.

Em Porto Alegre (RS), a pedagoga Luciene Juliano Simões adotou uma abordagem inovadora para escutar os estudantes e compreender as causas do abandono escolar. Sua pesquisa “Expressão, simbolização e resolução de problemas: tratar a evasão e a desigualdade no pedagógico”, também apoiada pelo Edital, envolveu 70 alunos do 8º e 9º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Helena Litwin Schneider.

A metodologia consistiu em incentivar os estudantes a selecionarem livros de seu interesse e escreverem sobre eles. A  partir das escolhas e produções textuais, foi possível identificar os temas mais significativos para os adolescentes. A iniciativa contribuiu para transformar a cultura escolar, estimulando a criação de espaços de escuta e diálogo, nos quais alunos e professores passaram a construir, juntos, propostas de atividades.

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