Na celebração do Dia Nacional da Língua Portuguesa (05/11), o Itaú Social reforça o papel das escolas como um dos principais espaços para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Nesse contexto, a Escola Fundação Itaú oferece diferentes cursos que auxiliam docentes na formulação de atividades pedagógicas voltadas à redação e interpretação textual.
As formações variam de dez a 40 horas, são autoformativas, certificadas, gratuitas e atualizadas de acordo com as diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). O conteúdo é desenvolvido em parceria com instituições renomadas no campo da educação, como Nova Escola, Laboratório Emilia de Formación, Avisa Lá, Roda Educativa (antiga Cedac) e Instituto Chapada de Educação e Pesquisa. Confira:
Situação didática de leitura pelo estudante
Carga-horária: oito horas
Mediação de leitura para juventudes
Carga-horária: dez horas
Infâncias e leituras
Carga-horária: 20 horas
Leitura para bebês
Carga-horária: dez horas
Tecnologia educacional – Experiências formativas em cultura escrita com crianças de 4 a 6 anos
Característica: metodologia ou processos desenvolvidos em municípios adaptados em formato digital para ser replicados em outras redes de ensino
Carga-horária: 40 horas
Tecnologia educacional – Formação docente em Língua Portuguesa
Característica: metodologia ou processos desenvolvidos em municípios adaptados em formato digital para ser replicados em outras redes de ensino
Carga Horária: 20 horas
ℹ️ Saiba o que é uma Tecnologia Educacional
Desafio da leitura e escrita
Os cursos têm como objetivo auxiliar os professores a superarem o desafio da aprendizagem de leitura e escrita. Segundo dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), 50% dos alunos brasileiros apresentaram desempenho inferior ao nível dois de proficiência em interpretação textual, o mínimo recomendado para o exercício da cidadania. Já nos demais países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o índice dos alunos que ultrapassaram esse limite foi de 74%.
ℹ️ Autoconfiança melhora desempenho em língua portuguesa
O levantamento ainda aponta uma desigualdade na aprendizagem da língua portuguesa: as alunas têm desempenho 17 pontos superior em escrita quando comparado com estudantes do sexo masculino. O que também é apresentado pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), em que 63% das estudantes do sexo feminino têm uma performance adequada em língua portuguesa, enquanto apenas 51% dos alunos atingem esse mesmo nível. Nos Anos Finais do Fundamental (6º ao 9º ano), ambos percentuais caem, mas a diferença entre eles permanece praticamente a mesma, com 41% e 31%, respectivamente.
ℹ️ Confira o acervo das pesquisas dos Anos Finais do Ensino Fundamental
Segundo a pedagoga Daniela Couto Guerreiro Casanova, uma das coordenadoras do estudo “Sucesso escolar”, apoiado pelo Itaú Social e Fundação Carlos Chagas, a justificativa para essa desigualdade pode estar associada ao modo pelo qual as crianças são educadas ao longo da vida.
“Desde pequenas, as meninas recebem diários ou cadernos para escreverem, por exemplo. São estimuladas a brincar de escolinha, secretaria, dentre outros jogos de papéis nos quais o ‘papel ideal da mulher’ está representado. Por outro lado, não é muito comum encontrarmos o mesmo tipo de estímulo para os meninos. Para esses, usualmente, as atividades são mais “físicas”, explica a pesquisadora.
Daniela argumenta que a superação dessa desigualdade requer que a escola promova uma discussão ampla com a comunidade escolar sobre os papéis de gênero, desde sua origem até as suas manifestações contemporâneas. Além disso, é fundamental refletir sobre o funcionamento interno da instituição de ensino, analisando como os docentes interagem com os alunos, como as atividades em grupo são selecionadas, entre outras práticas.
Escola Fundação Itaú
A Escola Fundação Itaú oferece mais de 120 cursos gratuitos e certificados sobre educação, terceiro setor, arte e cultura destinados a profissionais, gestores e estudantes de múltiplas áreas.