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“Colha-palavras” estimula crianças a preservarem a memória sobre as plantas medicinais

Jogo reúne dez caça-palavras que apresentam como as ervas são utilizadas tradicionalmente para melhorar o bem-estar do corpo


Quando alguém está com enjoos, é comum sugerir que ela beba um chá de boldo. Já quando o sintoma for uma dor muscular, o recomendável é recorrer ao capim santo. Esse costume em utilizar as plantas medicinais foi a inspiração para o jogo “Colha Palavras”, a nova obra disponível no acervo digital Anansi – Observatório da Equidade Racial na Educação Básica.

Esse é o segundo conteúdo produzido pela pesquisa aplicada “Zumbi-Dandara dos Palmares: desafios estruturais e pedagógicos da educação escolar quilombola para a promoção da equidade racial no Brasil do século XXI”, apoiada pelo Itaú Social, por meio do Edital Equidade Racial na Educação Básica. A primeira obra é um livro sobre a memória e cultura da população negra de Porto Alegre (RS).

ℹ️ Conheça as pesquisas selecionadas pelo edital de Equidade Racial

Ao invés da publicação receber o nome de “caça-palavra”, como é popularmente conhecido o jogo, os autores alteraram para “colha-palavras”, pois a prática de recolher as plantas da terra e localizá-las entre as letras embaralhadas é semelhante. 

Todas as ervas em destaque no jogo possuem alguma função medicinal ou fazem parte de uma cerimônia curativa. Para elaborar os desafios, foram entrevistados os moradores do quilombo “Território de Mãe Preta”, localizado nos municípios de Montenegro e Triunfo, no Rio Grande do Sul, que explicaram as finalidades e a origem de cada planta.

Conheça algumas das ervas presentes no jogo:

Espada de Yansã
Nome científico: Dracaena trifasciata
Nome yorúbá: Ewè Idá
Orisá regente: Yansã
É uma erva de limpeza e de proteção, usada em banhos, fluidos e defumação. Segundo a tradição, a erva corta e encaminha aos mundos de luz todas as energias deletérias dos corpos. Seu banho traz força, regeneração, disposição e movimento. O chá não pode ser ingerido e suas folhas possuem alta toxicidade.


Cipreste
Nome científico: Cupressus sempervirens
Nome yorùbá: Péregunkô
Orisá Regente: Nanã, sagrado masculino
É uma erva de limpeza, uma das bases da defumação no território de Mãe Preta. São feitos banhos e fluidos de limpeza. Cipreste é uma erva que trabalha o “Sagrado Masculino”, usada em perfumes para os homens e para o tratamento de problemas circulatórios, como varizes, pernas pesadas, derrames nas pernas, úlceras varicosas e hemorroidas. Além disso, também pode ser usada para auxiliar no tratamento da incontinência urinária, problemas de próstata, colite e diarreia.


Mirra
Nome científico: Commiphora myrrha
Nome yorùbá: Ojia
A Mirra é uma forte erva de limpeza, usada em banhos. Ela tem propriedades anti-sépticas, antimicrobianas, anti-inflamatórias, anestésica e adstringentes, podendo ser usada para dor de garganta, inflamação na gengiva, infecções de pele, acne ou para rejuvenescimento da pele.


Quebra-Tudo
Nome Científico: Phyillanthus niruri
Nome yorùbá: Fo Ohun GboGbo
Orisá Regente: Omolu
É uma das principais ervas de limpeza usadas em banhos. É uma erva muito forte, por isso não é recomendável utilizá-la sozinha. Trabalha com um campo profundo, retirando todas as energias deletérias dos corpos. Usada em  banho de harmonização após o banho de limpeza. 


Erva-cidreira, mais conhecida como Cidró
Nome científico: Aloysia citriodora palau
Nome yorùbá: Iranwole
Orisá regente: Osum, Ibejis
A erva-cidreira é utilizada em banhos de harmonização, fluidos de harmonização e escalda pés. É usada em bebês, pois ajuda a acalmar o comportamento. Possui propriedades tranquilizantes e vermífugas, além de auxiliar na digestão e infecções das vias urinárias.

Sobre o Edital
O edital é uma iniciativa do Itaú Social e do Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), em parceria com o Instituto Unibanco, Fundação Tide Setubal e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Além das pesquisas, foram selecionados nove autores para escreverem artigos científicos com diversos temas sobre relação racial, como práticas pedagógicas antirracistas, feminismo negro e representatividade na literatura infantil. Os textos receberam apoio técnico e financeiro e podem ser acessados gratuitamente no site do programa.

Acervo Digital
Ao longo do ano, a biblioteca da Anansi receberá mais de 50 produções, entre livros, teses acadêmicas, artigos, e-books, jogos didáticos e vídeos. Parte dos futuros materiais serão os resultados das pesquisas aplicadas apoiadas pelo edital de Equidade Racial na Educação Básica.

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