Em 10 de dezembro, a Declaração Universal dos Direitos Humanos comemora seu 75º aniversário. O documento propõe uma série de diretrizes para garantir aspectos civis, econômicos, sociais e culturais básicos para todos cidadãos. Incluído nesse conjunto de direitos está o “pleno desenvolvimento da personalidade”, frequentemente alcançado durante a infância.
Uma das práticas mais significativas para a formação plena da criança é a mediação de leitura. De acordo com o estudo “Impacto da leitura feita pelo adulto para o desenvolvimento da criança na primeira infância”, realizado pelo Itaú Social, a iniciativa contribui com a compreensão da realidade e também desenvolve benefícios socioemocionais que acompanharão o indivíduo até a idade adulta.
ℹ️ Mediação de leitura contribui para o desenvolvimento integral da criança
O acesso aos livros foi o que permitiu que a professora Jeane Almeida da Silva, da Escola Estadual Indígena Índio Marajó, localizada em Normandia (RR), valorizasse a cultura de sua região. As obras literárias de autores indígenas servem para a formação da personalidade dos estudantes com base na ancestralidade das famílias e da cultura local.
“É uma grande felicidade quando percebo os alunos investigando a cultura indígena com autonomia, a partir de seus próprios questionamentos. Eles se identificaram com as histórias narradas pelos autores indígenas, dizendo que os personagens pareciam seus avós, pais e irmãos”, diz a professora.
ℹ️ Leia com uma criança distribui livros que valorizam a cultura indígenas
Além da preservação da cultura, os livros infantis também são importantes para incentivar o letramento da criança. Dados da 10ª onda da pesquisa Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias, realizada pelo Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), mostram que 86% das famílias dos estudantes acreditam que a atividade de leitura contribui muito durante o processo de alfabetização.