Garantir a oferta da educação com equidade para crianças e adolescentes é responsabilidade do Estado, tarefa que deve ser lembrada nesta sexta-feira, 11 de agosto, quando é celebrado o Dia do Estudante. Entre aspectos que envolvem o ensino de qualidade está a trajetória escolar regular do aluno, sem incorrer em abandono ou evasão escolar.
Quem já passou por esse desafio sabe o quanto é importante o acolhimento e o apoio de professores para a retomada dos estudos. Na série de documentários “Trajetórias Escolares”, transmitida no Canal Futura, com apoio do Itaú Social, são apresentadas histórias de adolescentes e jovens que superaram distorção idade-série para concluir a Educação Básica.
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Um desses episódios mostra a experiência de Lorenzo Verstandig, adolescente que havia desistido da escola em razão do trauma da separação familiar e das práticas bullyings que sofria. A reviravolta na trajetória do estudante ocorreu quando conheceu o Centro Juvenil de Ciência e Cultura, do município de Vitória da Conquista (BA), e logo sentiu que aquele ambiente era uma válvula de escape contra a violência. A organização tem a proposta de ampliar a jornada escolar dos estudantes, oferecendo atividades extracurriculares.
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Além de Lorenzo, a produção conta com outras 12 histórias de estudantes que tiveram trajetória escolar marcada pela superação das adversidades. Todos os episódios mostram que o acolhimento é uma estratégia pedagógica importante para garantir que o aluno permaneça na instituição. Segundo a 10ª onda da pesquisa “Educação na perspectiva dos estudantes e de suas famílias”, a falta de amparo é um dos cinco medos dos pais e que pode levar o estudante a abandonar a escola.
Atualmente, segundo o Censo Escolar, 1,04 milhão de crianças e adolescentes de quatro a 17 anos não estão nas escolas, apesar do aumento de matrículas em comparação ao último ano.
Ao analisar esse desafio, observamos que 30% das secretarias municipais de Educação realizam mensalmente ações de acolhimento da comunidade escolar, conforme a 8ª onda do estudo da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) “Educação na pandemia”. Outras 26% das secretarias responderam que realizam atividades bimestralmente e 14% trimestralmente. Apenas 5% das gestões afirmaram que não realizam tais iniciativas.