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Livro apresenta locais e personalidades históricas ligadas à cultura negra de Porto Alegre

A obra é resultado de um estudo que investigou os desafios da educação quilombola na capital de Rio Grande do Sul


O livro “Bará: corpos-territórios em r(existência)” é a segunda obra a integrar o acervo digital Anansi – Observatório da Equidade Racial na Educação Básica. A publicação, disponível para download gratuito, apresenta um mapa com ligações da memória e cultura da população negra de Porto Alegre (RS). 

O autor e professor, Alan Alves Brito, narra a história do município sob a ótica da personagem “Bara”, uma mulher negra e alta que caminha pelos bairros de Porto Alegre, conhecendo os locais e as personalidades históricas ligadas à cultura negra.

ℹ️ Conheça as pesquisas selecionadas pelo edital de Equidade Racial

O texto literário é um dos resultados da pesquisa aplicada “Zumbi-Dandara dos Palmares: desafios estruturais e pedagógicos da educação escolar quilombola para a promoção da equidade racial no Brasil do século XXI”, apoiada pelo Itaú Social, por meio do Edital Equidade Racial na Educação Básica

O estudo durou dois anos e contou com quatro linhas de investigações: identificar o envolvimento da escola com a comunidade do entorno, analisar os índices de desenvolvimento e os desafios da educação quilombola, realizar um mapeamento que relacionasse os territórios com a cultura negra do município e produzir materiais pedagógicos que incentive a promoção da equidade racial na sala de aula.

“Há, em Porto Alegre, bairros inteiros que, em séculos passados, eram territórios negros, mas que sofreram, no século XX, a violência do racismo, sendo considerados, desde então, bairros brancos. É o racismo epistêmico que inferioriza os corpos negros. Portanto, é dever da escola antirracista, comprometida com a transformação social, elaborar outros imaginários sociais e simbólicos a respeito da presença e da ausência  negra, sem, no entanto, esquecer a história, por mais triste e dura que seja”, defende Brito. 

Inspiração
O nome da personagem representa a  junção de palavras em Yorubá: “ba” (verbo esconder) + “ara” (corpo); “ba” (em companhia de) + “ara” (corpo). Segundo o autor, Bará seria o Exu – divindade de matriz africana – em  nós, independentemente do gênero.

Sobre o Edital
A pesquisa foi uma das selecionadas pelo Edital Equidade Racial na Educação Básica, uma iniciativa do Itaú Social, realizada pelo Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), em parceria com o Instituto Unibanco, Fundação Tide Setubal e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

O Edital também selecionou nove autores para escreverem artigos científicos com diversos temas sobre relação racial, como práticas pedagógicas antirracistas, feminismo negro e representatividade na literatura infantil. Os textos receberam apoio técnico e financeiro e podem ser acessados gratuitamente no site do programa.

Acervo Digital
Ao longo do ano, a biblioteca da Anansi receberá mais de 50 produções, entre livros, teses acadêmicas, artigos, e-books, jogos didáticos e vídeos. Parte dos futuros materiais serão os resultados das pesquisas aplicadas apoiadas pelo edital de Equidade Racial na Educação Básica.

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