A fase dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) é considerada uma das mais desafiadoras da educação básica. A mudança de rotina é marcante, como o aumento de um professor especialista para cada disciplina. Somado a isso, os estudantes enfrentam a fase de transição da infância para a adolescência. Esses e vários outros temas que envolvem o ciclo são abordados no  especial “Novas visões sobre os anos finais do Ensino Fundamental”, disponibilizado no site do Itaú Social.

O material foi preparado com base nos resultados das 14 pesquisas aplicadas apoiadas pelo Itaú Social e Fundação Carlos Chagas, realizadas em escolas públicas de dez estados. Para facilitar a navegação, o texto foi dividido em cinco grupos temáticos de acordo com os assuntos dos estudos: Desafios estruturais, Leitura e letramento, Educação indígena, Ensino da matemática e Cidade e território.

Para cada conjunto foi produzido um podcast, que explica o objetivo e o resultado de cada estudo, vídeos com depoimentos dos pesquisadores e um relatório sobre as investigações e ações ocorridas nos territórios.

As pesquisas apoiadas foram selecionadas por meio do edital “Anos finais do ensino fundamental: adolescências, qualidade e equidade na escola pública”. Lançado em 2018, ele contou com  mais de 500 inscrições, sendo que 70% das propostas tiveram enfoque em currículo, práticas e avaliação, mostrando que o tema pode ser considerado um dos principais desafios dessa etapa.

Anos Finais
Os Anos Finais atende 25% dos estudantes de toda a educação básica. Segundo dados do Censo 2020, 22,7% dos estudantes deste ciclo apresentavam defasagem idade-série igual ou maior a dois anos escolares, ou seja, alunos do 9º ano tinham aprendizado equivalente ao adequado para o 7º ano. Nos Anos Iniciais, essa porcentagem era de 9,7%; no Ensino Médio, de 26,2%.