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Redes de ensino promovem escuta com os adolescentes para tornar as escolas mais receptivas

Acolher os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental é um dos principais desafios para os gestores escolares


Ouvir estudantes e adaptar suas demandas ao formato dos conteúdos pedagógicos são alguns dos frequentes desafios das redes de ensino. A iniciativa oferece aos alunos, especialmente aqueles que ingressam nos Anos Finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano), apoio em um período marcado pela transição da infância para a adolescência, com diversas transformações comportamentais e emocionais.

Um dos esforços em ouvir os alunos ocorreu durante a “Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas”, realizada em maio pelo MEC (Ministério da Educação), em parceria com as redes municipais, estaduais e distrital. Os resultados serão apresentados em formato de política pública, que tem como objetivo estimular as escolas a adaptarem seus currículos e suas rotinas para melhor acolher os estudantes.

Previsto para ser divulgado no final de junho, o programa deverá auxiliar a engajar os alunos dos Anos Finais do Fundamental e frear a evasão escolar precoce. Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), 6,2% dos adolescentes de até 13 anos e 6,6% daqueles que têm 14 anos estão fora da escola.

ℹ️ Polo lança curso que apoia o ingresso do estudante para os Anos Finais do Fundamental

Os Anos Finais do Fundamental trazem mudanças na rotina escolar, como a adaptação aos docentes especialistas e, geralmente, a trocas de escolas, alterações que tornam o ajuste, adaptação e a receptividade do adolescente ainda mais adversas. Em razão desse cenário, 64% dos gestores destacam que a escuta e o acolhimento do aluno é um desafio para a rede de educação, segundo pesquisa “Percepções e Desafios dos Anos Finais do Ensino Fundamental”, realizada pelo Itaú Social, em parceria com a Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), em 2022. 

“Ao chegar na escola, o aluno se sente meio isolado. Ele precisa de alguém que o acompanhe com mais atenção”, conta Aline Carvalho, pedagoga e produtora do documentário “Esquecidos — Crise nos Anos Finais do Ensino Fundamental”, produzido pelo Lepes (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social) da USP (Universidade São Paulo) em Ribeirão Preto.

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O protagonismo do adolescente, durante processos de desenho, implementação e avaliação das iniciativas voltadas aos Anos Finais do Fundamental, é importante para garantir sua permanência na escola e melhorar a aprendizagem, como aponta o documento “Educação de qualidade nos anos finais do ensino fundamental”, do Itaú Social.

Algumas iniciativas pedagógicas que colocam o estudante no centro do processo de sua aprendizagem têm sido adotadas pelas redes de ensino, como é o caso da metodologia STEAM, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. A proposta reúne matérias de maneira interdisciplinar e estimula o pensamento crítico, manifestação criativa, colaboração e comunicação.

No Rio de Janeiro (RJ) estão sendo implementados os GET’s (Ginásios Experimentais Tecnológicos), uma parceria da secretaria municipal de Educação com o Itaú Social. Os espaços adotam a cultura STEAM permitem que os conteúdos sejam tratados de forma integral, não fracionados por matérias, além de admitir maior protagonismo do adolescente.

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