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Avaliações e Formação: Aprendizados Internos
Essa seção dialoga com as demais dimensões desse material, a partir dos conhecimentos produzidos em avaliações de projetos e programas do Itaú Social que permaneceram apenas para uso interno, sobretudo avaliações de impacto realizadas por nossa área de Avaliação e Prospecção, assim como no acompanhamento das formações e soluções educacionais desenvolvidas pela nossa área de Formação.
Há um bloco que trata dos primeiros aprendizados da linha de base da Avaliação da Qualidade da Rede produzida a partir do referencial feito pelo Itaú Social para nortear as tecnologias e a avaliação do programa Melhoria da Educação. Nessa seção podemos observar que, apesar das especificidades de cada rede, há questões transversais, compreensíveis até mesmo por conta do perfil de municípios escolhidos para o edital. Vale refletirmos em que medida as principais lacunas observadas apontam para áreas prioritárias que o programa precisa manter, iniciar ou acelerar. Acompanham análises dos dados do SAEB e IDEB para municípios, estados e iniciativas regionais do Melhoria, além de resultados do estudo de implementação do Melhoria, conduzido pela Universidade de Columbia/Teachers College, durante sua fase inicial de implementação, antes da realização do edital.
Outro bloco se refere a avaliações finalizadas para iniciativas que endereçam duas grandes áreas de conhecimento – e de defasagem de aprendizagem no país: a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), a Olimpíada da Língua Portuguesa (OLP)/Escrevendo o Futuro, uma avaliação preliminar do programa Leia Com Uma Criança, e uma avaliação sobre o curso de férias do Mentalidades Matemáticas. Chama atenção o impacto positivo da Olimpíada de Língua Portuguesa, sobretudo para as escolas mais pobres e em regiões mais vulneráveis. Vale ressaltar que, enquanto a OBMEP prioriza números mais seletos de professores e alunos, a OLP desenvolveu todos seus conteúdos e estratégias a partir da premissa de que o professor trabalhe com todos os alunos.
Outro destaque ainda nessa seção é o resultado do curso de férias do Mentalidades Matemáticas, feito com estudantes do quinto ano de duas escolas de Cotia (SP). Em dez dias, estudantes tiveram um ganho de 1,3 ano de escolaridade em conceitos matemáticos. Em tempos de retomada pós-pandemia, com o imenso desafio de recuperação e recomposição das aprendizagens, a experiência do curso de férias pode trazer insumos importantes em termos da velocidade, intensidade e perspectiva das metodologias que mais rapidamente e melhor conseguirão beneficiar os estudantes.
Por conta do Edital de Pesquisas sobre os Anos Finais, incluímos um bloco que traz os principais insumos e aprendizados para a construção de um ou mais modelos inovadores que possam ser prototipados nos próximos anos em uma ou mais redes públicas parceiras. Vale lembrar que essas pesquisas são públicas e, portanto, vão para além de nosso uso para prototipagem de inovações do Itaú Social. Algumas inclusive já se tornaram política ou programas nas redes envolvidas, e contribuem para o debate mais ampliado sobre o tema.
Por fim, temos um bloco de reflexões sobre as turmas mediadas e o uso das soluções autoformativas desenvolvidas no Polo. Elas apontam tanto para pontos fortes quanto oportunidades de aprimoramento de forma que, sem perdermos nossa capilaridade, possamos fortalecer cada vez mais a efetividade das soluções ofertadas.
A proposta é que tanto as avaliações de nossos programas quanto o acompanhamento de nossas formações possam trazer insumos para nosso planejamento, ao lado das demais evidências e dados públicos.
Nesta seção
Aprendizados sobre Educação Infantil
Educação Infantil e Primeira infância no Polo
Resumo: Demanda por formações no Polo.
Principais pontos:
- Educação Infantil é uma área bastante demandada para formações no Polo. Considerando dados gerais do Polo (janeiro a setembro/2022), os 3 cursos com maior número de inscritos são voltados para a Educação Infantil. Cinco (entre os 7 cursos que temos nesse tema ) estão no ranking dos 15 cursos com maior inscrições:

- É importante destacar que mesmo cursos que foram lançados em junho (Múltiplas formas de aprender e Organização de ambientes na Educação Infantil) contam com número alto de inscritos, 1475 e 908 respectivamente.
- Infâncias e Leituras -4750 inscritos
- Leitura para bebês – 3188 inscritos
- Experiência e protagonismo: a BNCC na Educação Infantil – 1831 inscritos
- Letramento matemático na Educação Infantil – 1571 inscritos
- Prevenção de violência na primeira infância – 3084 inscritos
- As múltiplas formas de aprender – 1475 inscritos
- A organização de ambientes na Educação Infantil – 908 inscritos
- Na pesquisa qualitativa realizada com usuários do Polo em 2021, algumas pessoas também manifestaram sentir falta de conteúdos mais voltados à Educação Infantil – primeira infância e saltos do desenvolvimento nesta etapa da vida -, reconhecem que há bastante material voltado aos primeiros anos do Ensino Fundamental, mas sentem falta de conteúdo voltado às faixas etárias anteriores.
- Alguns depoimentos que também reforçam a importância dessa oferta de formações:
- O conhecimento adquirido neste curso será muito necessário para as práticas em sala de aula, ampliando meu repertório e possibilidades no processo de ensino e aprendizagem. Professora, Alfenas, MG (Curso: Experiência e protagonismo: a BNCC na Educação Infantil).
- “Achei o curso ótimo, muito atual, com uma linguagem simples e de fácil entendimento. Trouxe reflexões pertinentes ao contexto de hoje, apesar da BNCC estar implementada desde 2017 é difícil mudar paradigmas e atitudes, principalmente no que diz respeito à ação do professor na sua prática pedagógica.” Professora, Tatuí/SP (Curso Experiência e protagonismo: a BNCC na Educação Infantil).
- “Gostaria de agradecer a todos os envolvidos pela elaboração deste curso que foi muito importante para minha prática na Educação Infantil.” São Paulo, SP (Curso Letramento matemático na educação infantil).
Aprendizados sobre Ensino Fundamental
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Análise dos Indicadores Educacionais dos Anos Finais dos Municípios do Melhoria Municipal e Regional
Resumo: Análise sobre os indicadores educacionais dentro dos municípios participantes do Melhoria da Educação.
Principais pontos:
- Em linhas gerais, os municípios participantes do Programa Melhoria da Educação – Estratégia Municipal e Regional seguiram a tendência brasileira de aumento no IDEB dos Anos Finais em 2021 em relação a 2019, mas mantendo o valor abaixo do que seria a meta estipulada. Mesmo com o aumento das taxas de aprovação, a queda no desempenho dos alunos no SAEB fez com que o IDEB desses municípios não batesse a meta, na média.
- Vale destacar a heterogeneidade do desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática nesses municípios e iniciativas de colaboração. Várzea Grande-SP, por exemplo, tem apenas 5% dos alunos com desempenho adequado em Matemática, enquanto esse valor é de 15% para Vespasiano-MG. Já para as iniciativas de colaboração, o ADE dos Balaios tem apenas 3% de alunos com desempenho adequado em Matemática, enquanto este percentual para o ADE Noroeste Paulista é de 30%.






Recomendações aos Anos Finais do Ensino Fundamental
Resumo: Recomendações para a superação dos desafios do Anos Finais do Ensino Fundamental provenientes dos 14 projetos contemplados pelo Edital de Pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental: adolescências, qualidade e equidade na escola pública lançado em 2018, numa parceria entre Itaú Social e Fundação Carlos Chagas.
Principais pontos:
- Relevância da continuidade no processo de ensino-aprendizagem, como sinalizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica que enfatizam a necessidade de integração entre as etapas como importantes estratégias para garantir uma boa transição.
- Transição e a permanência como aspectos centrais, que precisam ser tratados com empenho e dedicação, porque deles depende a aprendizagem bem-sucedida. Os destaques sobre enturmação revelam ênfase em recomendações de ações direcionadas para acolhimento, pertencimento e convivência respeitosa, seja presencial ou cyber convivência.
- A leitura e escrita precisam estar consolidadas nesse segmento pois, se não estiverem, causarão prejuízos para a compreensão e apropriação das demais disciplinas. Pode-se apreender dos resultados das quatro pesquisas do edital dedicadas à temática que a consolidação da leitura e escrita deve ser uma especificidade dos anos finais do ensino fundamental, tendo em vista que e o letramento não está finalizado ao término dos anos iniciais e é uma ferramenta central e estratégica para a aprendizagem das disciplinas escolares, atuando, portanto, de maneira transversal.
- É inegável a importância do domínio dos aspectos tecnológicos por parte da sociedade contemporânea. A escola também não pode ignorar esses aspectos, uma vez que facilitam a comunicação entre estudantes e entre comunidades escolares, a construção de estratégias cognitivas, o protagonismo dos(as) estudantes. As novas gerações – e especialmente os adolescentes – dialogam muito com o mundo virtual e imagético e a escola deve reconhecer essa realidade.
- Recomendação voltada ao fortalecimento da parceria das universidades com as secretarias de educação e as escolas da educação básica, tanto na formação inicial quanto na continuada, por meio de projetos e propostas que favoreçam suas necessidades e demandas.
Sexto ano, transições e participação: diagnóstico e intervenção no Colégio Municipal Presidente Castelo Branco, Pojuca, Bahia
Resumo: Tecnologia de gestão e apoio à transição dos Anos Iniciais aos Anos Finais do Ensino Fundamental elaborada no município de Pojuca – BA, no contexto do Edital de Pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental: adolescências, qualidade e equidade na escola pública.
Principais pontos:
- Pesquisa aconteceu em formato piloto em uma escola durante 30 meses e em 2022 tornou-se política pública no município onde foi testada, tendo ultrapassado a mudança de gestão municipal.
- O exemplo da transição dos Anos Iniciais para os Finais também inspirou os gestores municipais a implementar um modelo similar na passagem da Educação Infantil para os Anos Iniciais (preservando as peculiaridades desta fase).
- Recomendações da tecnologia foram organizadas em 8 eixos de implementação: 1) Escolha do(a)s profissionais que atuam com o 6o ano; 2) Estratégias de enturmação; 3) Pluridocência iniciada nos 4o e 5o anos; 4) Mapeamento da Rede Intersetorial de Assistência e Proteção à Criança e ao Adolescente; 5) Interação entre escolas e profissionais do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Anos Finais; 6) Ações desenvolvidas pelas escolas para o acolhimento do(a)s aluno(a)s e favorecimento da afiliação nos Anos Finais do Ensino Fundamental; 7) Grupo de Acompanhamento aos Estudantes e 8) Estratégia Complementar – acompanhamento do(a)s professore(a)s.
Sucesso escolar: em busca de estratégias para o fortalecimento de crenças de eficácia
Resumo: Projeto apoiado pelo Edital de Pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental: adolescências, qualidade e equidade na escola pública com o objetivo de realizar uma pesquisa diagnóstica, longitudinal, com métodos mistos, para aferir a crença de autoeficácia de estudantes do Ensino Fundamental II; analisar a origem da variação de resultados entre estudantes e escolas e apontar recomendações para melhorar o sentimento de autoeficácia de estudantes.
Principais pontos:
- Achados mais relevantes da pesquisa: 1) estudantes acreditam mais em sua capacidade de ler do que na de escrever; 2) a ansiedade está atrapalhando os jovens em seus processos de aprendizagem. A chamada “ansiedade matemática” está presente, e aparece também em relação a outras áreas do conhecimento. Trata-se de um elemento bastante prejudicial e pode resultar em depressão e evasão escolar.
- Na comparação entre os gêneros: na escrita, as meninas se revelaram mais autoconfiantes do que os meninos. Na matemática e no domínio social o resultado se inverte.
- Quanto maior o nível de escolaridade das mães, maior tende a ser a crença dos estudantes em si mesmos. Isso é verdadeiro para seis dos sete domínios de autoeficácia pesquisados (autoeficácia autorregulatória, social, para matemática, para leitura, para escrita, para autorregulação da aprendizagem), sendo a autoeficácia emocional a exceção.
- Inúmeras variáveis podem interferir nas crenças de autoeficácia, como: condições culturais ligadas ao desenvolvimento; formação de crenças de que algumas áreas de conhecimento são destinadas para o sexo masculino como a área de exatas; ou ligadas ao contexto, como escolas que carecem de condições em que os estudantes possam encontrar o suporte necessário para sua aprendizagem.
- No microcosmo das salas de aula, cada estudante é um, e a promoção de aprendizagens acompanhadas de robustas crenças de autoeficácia de todos os estudantes é um enorme desafio aos docentes.
- Sugestões de encaminhamentos para o fortalecimento das crenças de autoeficácia em âmbito escolar remetem ao desenvolvimento de práticas de ensino favorecedoras da aprendizagem e o ensino de estratégias autorregulatórias de aprendizagem.
- Como política pública, é possível pensar um modelo de formação continuada a distância que ao mesmo tempo seja informativo e reflexivo, promovendo aprendizagens sobre as crenças de autoeficácia e a teoria que as embasa, que ofereça referências para práticas educativas mediadas pela sondagem e avaliação das crenças de autoeficácia e caminhos para seu fortalecimento.
Impacto da Municipalização da Educação
Resumo: O objetivo do artigo é analisar os efeitos da dependência administrativa (municipal ou estadual) no ensino fundamental sobre as notas dos alunos e seus desempenhos, considerando os dados do Censo Escolar e da Prova Brasil.
Principais pontos:
- Um dos impactos mais significativos na variação das notas de Língua Portuguesa e Matemática provém da mudança de apenas redes municipais no EF1 para estaduais no EF. Para os alunos destes municípios a mudança de escola é obrigatória, uma vez que a escola em que estuda no EF1 não oferece o EF2. O impacto dessa transição afeta negativamente a variação da nota média de Língua Portuguesa e Matemática no município, sendo esse resultado significante em nível de 1%.
- Por outro lado, quanto maior a proporção de escolas municipais que oferecem separadamente o EF2, maior é a nota média em Língua Portuguesa e Matemática obtida no 9o ano.
Análise Transversal da Avaliação da Qualidade da Gestão da Educação nas Redes Municipais
Resumo: A análise dos resultados da linha de base dos municípios do Melhoria da Educação indica que as “Relações de colaboração com outras secretarias e com o Ministério da Educação” foi, em média, o critério avaliado como mais frágil. Essa fragilidade é particularmente importante se considerarmos que a colaboração é fundamental nos Anos Finais do Ensino Fundamental e transição para o Ensino Médio.
Principais pontos:
- Em 20
- A Avaliação da Qualidade da Gestão da Educação nas Redes Municipais, aplicada aos municípios do Programa Melhoria da Educação, avaliou 12 critérios de gestão, dentro de 4 dimensões.
- Dos 12 critérios avaliados, na média para os 7 municípios do Melhoria, o componente “Relações de colaboração com outras secretarias e com o Ministério da Educação” foi o critério avaliado como mais frágil.
- O segundo critério avaliado com a pior nota, classificado como nível básico, foi o de “Relações intersetoriais no território municipal”.
- Considerando que a educação pública brasileira é ofertada por diferentes dependências administrativas – redes municipais, estaduais e federal – a fragilidade dessas relações de colaboração é prejudicial para a continuidade e coerência do serviço oferecido aos alunos.
- A questão da falta de colaboração/coordenação entre as dependências administrativas se torna principalmente importante quando consideramos as etapas Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Isso porque, nos Anos Finais do Ensino Fundamental, as matrículas são oferecidas de maneira dividida entre dois tipos de redes – as estaduais e municipais. Já no Ensino Médio, os alunos migram majoritariamente para as redes estaduais, ou seja, os alunos que eram das redes municipais vão para outra rede de ensino.

Alfabetização como foco da Gestão Educacional
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Polo
Resumo: Destaques de depoimentos de participantes do curso autoformativo no Polo (atualmente com 675 inscritos – lançado em agosto/2022) e também da turma on-line tutorada. (Etapas 1 e 2 – 413 municípios participantes de 14 estados; Etapa 3 – 114 municípios de 14 estados: Acre; Amazonas; Bahia; Maranhão; Minas Gerais; Pará; Paraíba; Rio Grande do Norte; Rio Grande do Sul; Rondônia; Roraima; Santa Catarina; São Paulo; Tocantins).
Principais pontos:
- Dos 14 estados, apenas dois deles são contemplados no PARC: Maranhão e Rio Grande do Sul.
- Lista dos municípios que entregaram o plano de ação. Destes, 112 continuam na formação no segundo semestre, que foca no acompanhamento da implementação.
- Tivemos 217 municípios que concluíram ao menos 50% da formação (a nossa linha de base), deste total 171 entregaram um plano de ação, totalizando 79% (atingindo a meta institucional) – (Informação fornecida pela área de Implementação).
- Estrutura da formação (on-line tutorada):
- Webinários
- Encontros síncronos mediados por formadores
- Oficinas de aprofundamento (on-line síncrono)
- Grupos de WhatsApp
- Curso assíncrono no Polo:
- ETAPA 1: DIAGNÓSTICO – apoio às redes na elaboração de diagnóstico sobre alfabetização, considerando: aprendizagem dos estudantes (leitura e escrita anos iniciais) e condições de ensino (formação de professores alfabetizadores). Abril/maio 2022.
- ETAPA 2: PLANEJAMENTO – apoio às redes na elaboração de um plano de ação municipal e estratégias para a colaboração regional. Junho/julho 2022.
- ETAPA 3: IMPLEMENTAÇÃO – apoio às redes na implementação do plano de ação e formação de coordenadores pedagógicos. Setembro a novembro 2022.
- Objetivo da formação (descritos pelo CEDAC): Apoiar as redes educacionais no desenvolvimento de ações prioritárias para sua política de apoio à alfabetização, considerando o grande impacto do período sem aulas presenciais durante a pandemia, e também a sua importância para o desenvolvimento e a continuidade com sucesso de toda a trajetória escolar dos estudantes.
- Expectativas de aprendizagem (descritos pelo CEDAC):
- Compreender o que um gestor de rede precisa fazer e implementar na rede para o enfrentamento dos problemas de alfabetização.
- Planejar e implementar as ações de apoio à alfabetização na rede, em perspectiva formativa e sistêmica.
- PARTICIPANTES (Gestores públicos, Técnicos de secretaria)
- Técnicos e coordenadores pedagógicos de redes municipais de estados prioritários mobilizados pela Undime.
- Técnicos e coordenadores pedagógicos de redes municipais de iniciativas de colaboração pertencentes à Rede de Colaboração Intermunicipal em Educação.
- O momento em que a formação aconteceu foi um ponto levantado por alguns participantes. Poderia ter acontecido antes, para coincidir com as ações das redes.

- Obs.: retrato do processo, estes números podem alterar até o final da formação.
- Total de 171 planos de ação válidos entregues (por município). Estes planos estão organizados em três ações estruturantes:
- formação de professores para a alfabetização.
- implementação/aprimoramento dos grupos de apoio aos estudantes.
- projeto institucional de leitura.
- Percepções trazidas pelo Cedac
- Sugestões de atividades práticas voltadas para alfabetização em sala de aula direcionadas para realidades seriadas e multissetoriais, para que possamos aplicar em formato de formação continuada.
- A formação tem ajudado bastante no aprimoramento dos diagnósticos da rede.
- Gostaria que tivesse mais encontros para que pudéssemos aprimorar ainda mais os conhecimentos adquiridos.
- A proposta apresentada em cada módulo é bem pertinente ao nosso fazer pedagógico.
- Por muitas vezes foi ressaltada pelos participantes a pertinência do conteúdo de alfabetização, e nas atividades formativas ficou nítida a importância do desenvolvimento deste tema com as equipes técnicas das Secretarias.
- Depoimentos de participantes da turma on-line com tutoria (obtidos por formulário)
- “O curso contribuiu muito com matérias que podem ser usadas em momentos de estudo com nossos coordenadores e professores.”
- “O curso contribuiu com bastante material e planilhas que podemos adaptar para nosso município, que foi muito válido, além da simpatia do formador.”
- “Um programa maravilhoso com um olhar voltado a nossa realidade, possibilitando um alinhamento nas nossas redes.”
- “Quanto aos documentos, que serão compartilhados em rede, criar um sistema de monitoramento das informações.”
- “Ampliar o tempo de curso.”
- “Oficinas de Matemática.”
- “Acredito que a carga horária da plataforma poderá ser ampliada, é um ambiente muito rico e necessário para aprimorar o trabalho da Secretaria Municipal de Educação.”
- Dois aspectos interessantes foram apresentados pelas formadoras em reunião de acompanhamento da formação:
- A importância das formações atenderem a cadeia das redes de Educação desde Gestão nos órgãos centrais (técnicos), passando pelos Coordenadores e Coordenadores pedagógicos, professores, para que possam atingir os alunos e melhorar os níveis de alfabetização, de forma a recuperar as aprendizagens. (Estamos no Polo com dois percursos formativos: Alfabetização como foco da Gestão Educacional e Alfabetização como foco da Sala de aula.)
- Obs.: Alfabetização como foco da sala de aula é voltado para os Coordenadores Pedagógicos para que possam formar seus professores (5 cursos – autoformativos e on-line tutorados –: Concepção de Alfabetização e 4 voltados para situações didáticas de Leitura e Escrita). Este percurso está sendo implementado neste segundo semestre de 2022.
- Desafio (que pode ser contribuição) registrar as ações da gestão. Não tem muito registro dos técnicos da Gestão, eles têm mais das escolas. O que fazem com os registros deles e das escolas? Trabalhar no curso a importância do registro para tomadas de decisão e de continuidade das ações.
- A importância das formações atenderem a cadeia das redes de Educação desde Gestão nos órgãos centrais (técnicos), passando pelos Coordenadores e Coordenadores pedagógicos, professores, para que possam atingir os alunos e melhorar os níveis de alfabetização, de forma a recuperar as aprendizagens. (Estamos no Polo com dois percursos formativos: Alfabetização como foco da Gestão Educacional e Alfabetização como foco da Sala de aula.)
- Depoimentos – autoformativo
- “Garantir que a alfabetização aconteça com qualidade é o principal instrumento de transformação da triste realidade acentuada pela pandemia.”
- “Colocar a alfabetização em foco é uma necessidade prioritária, pois é a saída para as demais preocupações que hoje temos na educação como um todo.”
- “A alfabetização sempre foi a maior preocupação escolar, pois se o aluno não conquista/consolida o processo alfabetizador ele enfrentará problemas em toda a sua formação acadêmica. No atual cenário pandêmico, que ainda nos encontramos, retomamos as aulas presenciais com um agravamento extremo de alunos, de todos os grupos que não conseguiram decodificar a leitura/escrita e a numeracia. Daí estamos no coletivo da Rede, buscando estratégias reais para amenizar esse déficit.”
- “O trabalho com o foco na Alfabetização tem sido uma grande preocupação e valia para a educação básica. A pandemia apenas acentuou os dados que já existiam.”
- Depoimentos – turma mediada – realizados em maio /2022
- “Identificamos alunos não alfabetizados nos anos iniciais e anos finais do ensino fundamental. Nossa intervenção, a partir do diagnóstico realizado pelas escolas, iniciou-se na rede a partir da formação de coordenadores pedagógicos e gestores escolares, abordando nas formações estratégias que garantam um trabalho pedagógico qualificado onde o CP, principal formador dos professores, possa formar seus grupos de professores nas escolas.”
- “Realizamos o diagnóstico, precisamos de aprimoramento no que diz respeito a um planejar plano de intervenção.”
- “Estamos finalizando as avaliações diagnósticas e compreendemos que diante dos resultados faz-se necessário a união entre gestores/professores/família, para que possamos avançar e traçar metas efetivas diante dos resultados. Mas, realmente, o que faz a diferença efetiva em toda esta ação é o comprometimento efetivo de todos para alcançar resultados efetivos no aprendizado destas crianças, neste momento de extrema atenção e urgência e ações efetivas no foco da Alfabetização.”
- “Estamos terminando de realizar o diagnóstico, compreendemos que ele é de fundamental importância para compreender as necessidades das turmas e, em seguida, poder traçar metas para solucionar as dificuldades apontadas.”
- “Muitas vezes realizamos essa sondagem, mas, na verdade, a maioria das redes não sabem orientar ou planejar um plano de intervenção eficaz e aplicável que vá de fato ajudar o Gestor e professor dentro das escolas.”
- “Estamos no momento da construção do plano de intervenção. A Coordenação Pedagógica está discutindo as ações a serem implementadas e este curso será de grande valia nesse processo.”
- “Nosso diagnóstico foi feito pelas professoras em sala e não temos comparativo para rede.”
- “A sondagem diagnóstico está sendo realizada [1o semestre] desde o retorno presencial das aulas, por muitos professores, a orientação da secretaria é esta. Muitas são as dificuldades, possibilidades e desafios. O trabalho e entendimento do professor é essencial. Muitas são as resistências pedagógicas. E desafios gigantes. Como também compreender o processo de alfabetização.”
- “Estamos realizando em rede as avaliações do CAED, pois sabemos quanto é importante a tabulação dos dados para termos um mapa norte.”
- “Sabemos que a avaliação é um processo constante e contínuo, onde iremos analisar o progresso do aluno, e ajudá-lo na construção do conhecimento.”

Alfabetização no Foco da Gestão Educacional, da Gestão Escolar e da Sala de Aula
Resumo: Este informe apresenta a primeira etapa da investigação sobre a estratégia formativa Alfabetização no foco da Gestão Educacional, da Gestão Escolar e da Sala de Aula | Recuperação das Aprendizagens, oferecida no formato mediado ao longo de 2022 pelo Itaú Social, em parceria com o Cedac e a Undime. Há aspectos não cobertos ainda nesse informe, em especial no que diz respeito à qualidade e efetividade da implementação. Informe parcial | 1º semestre (Setembro 2022 – Melhoria da Educação) – Realizado pela Pacto.
Principais pontos:
- Os participantes expressaram muitos ganhos e aprendizagens sobre o processo de alfabetização nos municípios e principalmente nas práticas de gestão. O que foi mais compartilhado é a ampliação da forma de fazer o diagnóstico, um novo leque de possibilidades nas avaliações, com novos indicadores para observar nos municípios, além de uma visão mais integral de contexto, que antes não era muito considerada.
- O maior reconhecimento foi em relação à qualidade dos instrumentos disponibilizados, tanto para elaboração de diagnósticos, quanto para planejamento, que propiciam adaptações fundamentais para cada município ou território. Muitas redes perceberam novos jeitos de fazer o diagnóstico e, mais ainda, uma ampliação sobre como usar esses dados de forma mais efetiva no plano. Perceberam o diagnóstico como uma ferramenta de gestão, não só de acompanhamento de dados, de constatação do que não está funcionando.
- Outro aprendizado destacado por alguns participantes foi a possibilidade de envolver outras equipes no processo formativo, a importância de cada agente que está no ambiente escolar, para além do coordenador ou do professor ficou o convite para incluir outros agentes e implementar isso tudo de forma mais integral.
- A percepção dos participantes e dos formadores é que existe uma questão frágil de concepção de alfabetização circulando em âmbito federal, que é a relação com o Programa Tempo de Aprender, uma incompletude no Programa que precisa ser fortalecido (ambientes de aprendizagem, relação com a leitura e a escrita). Essa questão chegou para a equipe de formação, veio dos participantes, gerou reflexões internas e voltou aos participantes.
- Uma outra questão mencionada foi a apropriação dos técnicos e gestores na responsabilidade de construção do plano de ação, a percepção da autorresponsabilidade do participante nesse processo.
- Apesar dos desafios ainda presentes, a estratégia de alinhar as etapas de diagnóstico, planejamento e implementação nos pareceu bastante assertiva e trouxe bons resultados em termos de mobilização, aderência, ampliação do conhecimento e até em mudanças de práticas.
Análises e Avaliações gerais
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Avaliação do Programa OBMEP na Escola
Resumo: Avaliação de Impacto do Programa OBMEP na Escola, complementada por grupos focais com professores participantes.
Principais pontos:
- O programa OBMEP na Escola busca contribuir na formação de professores de Matemática da Rede Pública para:
- Adotar novas práticas pedagógicas e orientadas à resolução de problemas.
- Promover atividades extraclasse com foco nas Olimpíadas.
- Em 2019 foram 1.289 professores participantes de 840 escolas públicas de 563 municípios brasileiros.
- Avaliação feita a partir de métodos mistos: avaliação de impacto e entrevistas semiestruturadas. Período de análise: 2015 a 2019.
- Não houve impacto na proficiência em Matemática: não foram identificados impactos estatisticamente significativos sobre o desempenho médio em Matemática e outros resultados educacionais das escolas.
- Alguns aspectos que explicam a ausência de impacto podem estar associados ao foco do programa selecionar estudantes para participar da olimpíada, o que acaba não transbordando para todos os estudantes da escola, unidade de análise da avaliação. Por outro lado, a avaliação qualitativa mostrou dificuldades de alguns professores em transpor a nova metodologia aprendida em uma sala de aula regular, por contar com maior número de estudantes e heterogeneidades entre eles.
- Oportunidade de desenvolvimento profissional para os professores:
- Os professores avaliam a formação como uma nova forma de pensar e ensinar Matemática, que valoriza o raciocínio e a autonomia.
- Enxergam a participação como desafio intelectual e oportunidade de desenvolvimento profissional.
- Aumento na autoestima e engajamento dos alunos:
- A partir da metodologia de resolução de problemas, os alunos melhoram a interpretação de enunciados de questões de outras disciplinas.
- Os alunos passaram a ter mais foco e dedicação em sala de aula não apenas em Matemática, mas nas disciplinas de modo geral.
Avaliação da Olimpíada de Língua Portuguesa
Resumo: Avaliação de métodos mistos da Olimpíada de Língua Portuguesa entre os anos de 2011 e 2017. Foram verificados impactos na Proficiência em Língua Portuguesa dos alunos das escolas participantes para o 5º ano do Ensino Fundamental, 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio.
Principais pontos:
- A Olimpíada de Língua Portuguesa é um concurso de produção de textos para alunos do 5º ano do Ensino Médio ao 3º Fundamental de escolas públicas de todo o país.
- Em 2019, foram mais de 85 mil professores inscritos, representando 42 mil escolas de 4.876 municípios de todas as regiões do Brasil.
- A avaliação de impacto foi realizada comparando o grupo tratamento e controle através do tempo no período de 2011 a 2017, e a avaliação qualitativa foi a partir de entrevistas em profundidade e grupos de discussão com professores.
- Impacto na Proficiência em Língua Portuguesa:
- Para o 5º ano, o desempenho no SAEB (Língua Portuguesa) das escolas participantes da Olimpíada cresceu 4% a mais do que o das não participantes entre 2011 e 2017.
- Para o 9º ano, o desempenho das escolas participantes cresceu 61% a mais do que o das não participantes no período.
- Para o 3º ano do Ensino Médio, o desempenho das escolas participantes cresceu 13% a mais do que o das não participantes no período.
- Impactos maiores quanto maior a participação das escolas.
- 3 vezes maior para escolas que participam de todas as edições no período.
- Impacto maior em escolas que têm mais de um professor participando.
- Impacto maior para as escolas mais vulneráveis:
- Regiões do Norte e Nordeste.
- Escolas de baixo nível socioeconômico.
- Escolas com IDEB abaixo da média nacional.
- O professor que participa da OLP tem 6 vezes mais chances de se engajar na Plataforma Escrevendo o Futuro (EOF); porém a participação na plataforma não traz impactos adicionais em relação aos já estimados da OLP.
- Alguns outros aprendizados podem ser considerados a partir das correlações encontradas entre a realização das oficinas propostas pela olimpíada e as atitudes, autoeficácia e práticas docentes:
- Professores (de qualquer etapa) que participaram da Olimpíada realizando todas as oficinas com seus alunos tem, em média, índice de mindset – mentalidade de crescimento – 25% maior que os docentes que não realizaram nenhuma oficina. Isto significa que estes professores tendem a ter menos receio de experimentar novas práticas e confiam mais na capacidade de aprendizado de seus estudantes.
- Professores (de anos finais do fundamental e do médio) que participaram da Olimpíada realizando todas as oficinas com seus alunos têm, em média, índice de práticas de gestão 21% maior que os docentes que não realizaram nenhuma oficina.
Avaliação Curso de Férias Mentalidades Matemáticas
Resumo: O Curso de Férias do Mentalidades Matemáticas, abordagem de ensino criada pela professora Jo Boaler, da Universidade de Stanford, foi implementado durante 10 dias com alunos do 5º ano de duas escolas do município de Cotia. Os resultados da avaliação, realizada por meio da avaliação MARS, mostram resultados expressivos no ganho de aprendizagem em Matemática.
Principais pontos:
- Foram testados 70 alunos antes e depois do Curso de Férias com a mesma metodologia utilizada nos EUA;
- Para esta edição do Curso de Férias, 25 docentes foram formados ao longo de 3 meses;
- Os alunos apresentaram um ganho de 1,3 anos de escolaridade em conceitos matemáticos em apenas 10 dias;
- Nos EUA, o mesmo curso em 18 dias com alunos do 6º e 7º anos, possibilitou uma evolução equivalente a 2,7 anos de ensino regular de Matemática;
- Foi também aplicado um questionário, em escala likert, para avaliar a relação dos estudantes com a Matemática e os conceitos do Mentalidades Matemáticas. Este é um questionário que avalia a mudança de mentalidade em cinco dimensões: mentalidade de crescimento; erros são importantes para a aprendizagem; Matemática é uma ciência aberta e criativa; Matemática é uma ciência colaborativa. Como resultado, os alunos também aumentaram o gosto pela Matemática e reduziram o nível de ansiedade com a disciplina. Quase todos os participantes (96%) compreenderam que errar faz parte do processo de aprendizagem (um dos principais focos do programa);
- Em média, as meninas tiveram avanço 3.5 vezes maior do que o dos meninos;
- A melhora geral no aprendizado não teve relação com o desempenho acadêmico prévio ou o nível de escolaridade dos responsáveis, indicadores que normalmente têm impacto.
Cursos de leitura no Polo
Resumo: Considerando os dados do Polo de 2022 (janeiro a setembro/2022), no ranking dos 15 cursos com maior número de inscritos, 5 deles são de leitura/literatura.
Principais pontos:
- Infâncias e leituras – 4750
- Leitura para bebês – 3188
- Círculos de leitura: um espaço de troca e conexão – 2360
- Jenipapos – literatura de autoria indígena – 1997
- Mediação de leitura para juventudes – 1774
Cursos ligados a tecnologia no Polo
- Cursos ligados à tecnologia têm bastante procura no Polo.
- O 3º curso do Polo com maior número de inscritos é Prevenção da violência on-line na Primeira Infância, com 3084 inscritos. Outros cursos ligados a tecnologia têm bastante procura:
- Recursos educacionais digitais (REDs): 1535 inscritos, é um dos 15 cursos mais procurados.
- Ensino híbrido na prática para docentes: 1439 inscritos
- Ensino híbrido na prática para gestores: 485 inscritos
- A pesquisa qualitativa com usuários do Polo mostrou que durante a pandemia, houve um aumento expressivo na procura dos cursos, sobretudo ligados a metodologias ativas e tecnologias digitais. O Polo foi citado como uma importante ferramenta de suporte para a formação continuada de equipes e educadores, sobretudo por apresentar formações práticas e com conteúdo aplicados à sala de aula. Diversos educadores afirmaram que aprenderam novas formas de ensinar em sala de aula, e sentem que suas aulas ficaram mais criativas e com maior qualidade.
Cursos disponíveis para Matemática no Polo
Resumo: Os cursos da área de Matemática têm grande procura e taxas altas de conclusão.
Principais pontos:
- Os cursos voltados para abordagem Mentalidades Matemática são ofertados para uso autônomo no Polo, conforme números na tabela abaixo.

- Geometria e o letramento matemático, com 1010 inscritos e taxa de conclusão de 49%.
- Letramento matemático na Educação Infantil, com 1571 inscritos e taxa de conclusão de 45%.
- Em 2022, dois cursos do Mentalidades Matemáticas também foram ofertados como estratégia do Programa Melhoria no município de Vespasiano em turmas fechadas. Importante ressaltar que a média de conclusão destas turmas foi de 70%.
- Alguns depoimentos que reforçam a importância da oferta destes cursos:
- “O curso sobre Mentalidades Matemáticas me tocou como um sopro de esperança na melhoria da qualidade da educação matemática em nosso país“. Professora, Florianópolis-SC, (curso Mentalidades Matemáticas na sala de aula).
- “Curso enriquecedor para a prática docente, onde as competências são aplicadas de maneira que as habilidades sejam desenvolvidas.” Professora, Mauá-SP, (curso Conhecendo as Mentalidades Matemáticas).
- “Ah, como me encantei com esse estudo da geometria para enriquecer minha prática pedagógica. É pertinente ressaltar aqui que, por um bom tempo, tive resistência em trabalhar esse conteúdo, uma vez que, na minha vida escolar, a geometria ficava sempre para o final do ano e sempre no finalzinho do livro. Hoje percebo o quão é significante para a vida trazer esse conteúdo para a sala de aula e envolver o aluno nas aulas práticas, sempre partindo do concreto”. Professora, Ipatinga-MG, (curso Geometria e o letramento matemático).
- “Precisamos promover uma mudança no paradigma que tange aos erros. Quando erramos, somos ensinados a nos sentir fracassados e temos nossa autoestima minada. Chegamos a acreditar que não somos capazes. Na verdade, erros são importantes para a aprendizagem e para as novas descobertas. A partir da compreensão do erro, podemos descobrir como acertar e buscar estratégias diferentes para solucionar o problema. Por tal, é importante desmistificar o erro.” (urso Mentalidades Matemáticas na sala de aula, turma fechada Vespasiano)
- “Eu apliquei a atividade Quadrados em Escada com turmas de 8º anos. Sou professora substituta, então não acompanho as turmas de forma tão próxima, mas os conheço um pouco. A primeira pergunta era para que os estudantes construíssem as próximas figuras e me surpreendeu que muitos tiveram dificuldades em reconhecer que havia um padrão de crescimento. Pedi para que eles fizessem individualmente e acho que essa não foi uma boa escolha, porque eles teriam tido mais oportunidades de avançar nas percepções e interpretações a partir da discussão com colegas. Fui fazendo intervenções individuais e a maioria conseguiu reconhecer o padrão, embora não tenham descrito em palavras o que estava acontecendo. O uso das cores teria sido um bom recurso, que pretendo propor numa próxima vez. Conseguiram ver quantos quadradinhos deveria ter na figura 10 e na 55, mas alguns precisaram desenhar. Percebo que nem todos chegaram na generalização, mas tenho entendido que nem todo mundo precisa chegar nos mesmos lugares ao mesmo tempo.” (curso Mentalidades Matemáticas na sala de aula, turma fechada Vespasiano)
Avaliação de Desenvolvimento Integral 2021 – Recorte Adolescentes
Resumo: A avaliação de desenvolvimento integral (ADI) busca mensurar e avaliar o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes para apoiar ações pedagógicas, implantação de projetos sociais e políticas públicas. As dimensões de Desenvolvimento Integral avaliadas são: física, intelectual, emocional, cultural e social, sendo que cada uma delas se expande em subdimensões.
Principais pontos:

- Na dimensão Física, nota-se que os adolescentes são mais críticos em relação a suas práticas de autocuidado quando pensam em seus hábitos (quanto mais velhos, mais críticos).
- Enquanto 75% das crianças (10 a 11 anos) concordam com a afirmação de terem uma alimentação saudável, essa porcentagem diminuiu para 55% com os adolescentes (12 a 14 anos). Evidenciando, portanto, a criticidade dos adolescentes mais velhos.
- Enquanto 66% das crianças (10 a 11 anos) afirmam ter uma boa noite de sono, esse número decresce para 43% entre adolescentes (15 a 18 anos).
- Na dimensão Intelectual, a subdimensão de “Planejamento de Vida” chama bastante atenção pelo fato de haver uma queda entre permitir-se sonhar e levantar possibilidades (90%), e traçar estratégias para alcançar e efetivar os sonhos (75%), ou seja, apesar das crianças e adolescentes sonharem, efetivar desses sonhos por meio de ações ainda é bastante desafiador.
- Na dimensão Emocional, nota-se que embora 57% das crianças (10 a 11 anos) e 39% dos adolescentes (12 a 14 anos) reconheçam e respeitem seus próprios sentimentos e os dos outros, o diálogo com a família ou com os amigos sobre como estão se sentindo é extremamente baixo entre todas as faixas de idade.
- Na dimensão Cultural, a valorização de costumes, manifestações e expressões culturais dos grupos com os quais se identifica é mais presente entre crianças de 10 a 11 anos (82%) do que entre adolescentes de 15 a 18 anos (66%).
- Na dimensão Social, as crianças de 10 a 11 anos (84%) são mais positivas em relação à sua habilidade de estabelecer vínculos, sendo que adolescentes de 15 a 18 anos tendem a ser mais autocríticos em relação a sua capacidade de fazer amigos (75%).
Estudos de Implementação – Melhoria Municipal
Resumo: O Consórcio para Pesquisa Política em Educação (CPRE) analisou o desenho e a implementação do piloto do programa Melhoria da Educação – Estratégia Municipal, em 2020. O estudo foi feito com base na análise de materiais e entrevistas com a equipe do Itaú Social, parceiros externos, equipe de secretarias municipais e equipe das escolas.
Principais pontos:
Desafios de implementação
- No geral, os entrevistados nos municípios têm uma visão positiva do Itaú, do Programa e da implementação dos parceiros. Contudo, os desafios associados com o processo de implementação e as consequências desse início corrido trouxeram aprendizados importantes que podem ser incorporados na implementação em 2021.
- As tecnologias estavam sendo adaptadas para se adequarem ao cronograma dos municípios e às questões logísticas, com poucas exceções de adaptação do conteúdo, que no geral se manteve o mesmo.
- O programa tem um olhar para desigualdades de gênero, raça e deficiências. Contudo, o programa não tem tecnologias que coloquem desigualdades de gênero no foco.
- Uma intervenção baseada majoritariamente em desenvolvimento profissional, mas que é desconectada com o currículo e ensino pode não ser efetiva. Em resumo, está faltando um link entre a identificação do problema e a implementação de políticas e práticas que reduzam as desigualdades.
O que foi feito e devemos continuar fazendo?
- As Gestoras de Território tiveram um papel fundamental para a implementação do piloto. Há espaço para esclarecer papéis em relação aos da equipe do IS, mas mantendo esse braço de acompanhamento e articulação mais local.
- O nível de engajamento dos Secretários de Educação influenciou a implementação do piloto, incluindo o nível de engajamento das equipes da secretaria. Há espaço para se pensar como apoiar o engajamento das equipes escolares desde o início do programa.
- Continuar acompanhando e aprimorando o sistema de monitoramento do IS para facilitar o acesso e uso dos dados pelos parceiros, já que eles pontuaram que estavam aprendendo muito sobre os processos e ferramentas e demonstraram interesse em incorporar em outros projetos.
Recomendações CPRE
- O Itaú Social pode expandir o ecossistema de organizações que trabalham com reformas educacionais no Brasil, incorporar organizações novas e ainda não renomadas e servir como um incubador de iniciativas de reformas em escolas e organizações, dando suporte financeiro para a intervenção e implementação. Em certa medida, os editais de pesquisa podem ser experimentos iniciais para se avaliar a possibilidade de incubação de inovações educacionais.
- CPRE recomenda que seja respondido se o programa Melhoria deseja realizar a curadoria, agrupar e apresentar métodos tradicionais de uma maneira diferente, ou se o programa busca promover inovação e novas tecnologias instrucionais e gerenciais.
- O momento do planejamento estratégico diagnosticará e priorizará os desafios e oferecerá soluções que os endereçarão. Essa forma de começar a implementação do programa endereçará muitos dos desafios de implementação abordados neste relatório, além de representar uma abordagem mais coerente e inovadora para melhorar a educação.
Estudos de Implementação – Melhoria Regional
Resumo: O estudo realizado pelo Consórcio para Pesquisa Política em Educação (CPRE) analisa o potencial da Rede Intermunicipal de Colaboração em Educação na promoção da melhoria da qualidade e equidade da educação, de fevereiro de 2020 até março de 2021. Além disso, busca fornecer um feedback ao Itaú Social sobre como fortalecer a escalabilidade e a sustentabilidade da Rede.
Principais pontos:
- A teoria da mudança das Redes de Colaboração em Educação tem como resultado de longo prazo (impacto) a promoção da educação de qualidade com equidade.
- Esse resultado se daria por meio de dois caminhos: (1) melhoria da capacidade das secretarias de educação e, (2) maior acesso a recursos e desenvolvimento profissional.
- No geral, os secretários de educação entrevistados compartilharam impressões positivas de sua filiação a um consórcio ou arranjo. Dentre os benefícios principais de sua participação, destacam-se três:
- (1) capacidade de reunir recursos entre os municípios; (2) a percepção de maior legitimidade política com seu prefeito ou mesmo com o governo estadual e; (3) acesso a uma comunidade de interessados engajados em trabalhos semelhantes.
- Além dos benefícios levantados, os entrevistados também identificaram cinco ameaças principais que precisam ser enfrentadas para melhorar a escalabilidade e a sustentabilidade da Rede:
- A consciência limitada de sua existência, mesmo entre aqueles que participam de consórcios e arranjos;
- Os membros da Rede destacaram a alta rotatividade política: em alguns municípios, os secretários de educação são substituídos anualmente;
- Nem todos os municípios têm acesso semelhante às atividades e recursos da Rede e, portanto, aos benefícios da Rede;
- A participação na Rede requer esforço, o que pode ser difícil em pequenos municípios onde o secretário de educação pode desempenhar inúmeros papéis;
- Finalmente, houve um consenso geral de que a Rede requer apoio externo para ser sustentada, o que muitos atribuíram à relativa “novidade” da Rede.
- A falta de clareza sobre os objetivos da Rede ou das iniciativas de colaboração pode levar a um descompasso entre as atividades das colaborações e as melhorias que estão sendo buscadas em torno da qualidade e equidade educacional. Com base nisso, a CPRE aborda quatro estratégias potenciais para melhorar a escalabilidade e a sustentabilidade da Rede:
- Mediar a ameaça de alta rotatividade e aproveitar a força do apoio a novos secretários de educação, oferecendo intencionalmente um programa de bordo para novos secretários de educação;
- Abordar o acesso desigual à informação, formalizando sistemas de comunicação, de forma que todos os municípios se beneficiem igualmente de sua adesão à Rede;
- Buscar adequar suas atividades às necessidades locais;
- Definir os resultados a curto, médio e longo prazo, quantificar, monitorar sistematicamente os resultados e, em seguida, comunicá-los a um amplo público.
Avaliação de Impacto dos Consórcios (COGIVA e CIVAP) – Melhoria Regional
Resumo: Avaliação de impacto dos Consórcios participantes do Melhoria da Educação Regional CIVAP-SP (23 municípios com 161 escolas) e COGIVA-PB (15 municípios com 285 escolas) entre os anos de 2015 a 2017. Foram observados impactos na taxa de aprovação, na distorção idade-ano e no IDEB, além do aumento da colaboração entre os municípios.
Principais pontos:
- Avaliação de impacto dos Consórcios participantes do Melhoria da Educação Regional CIVAP-SP (23 municípios com 161 escolas) e COGIVA-PB (15 municípios com 285 escolas) entre os anos de 2015 a 2017.
- Avaliação com métodos mistos. Avaliação de impacto com grupo controle selecionado a partir da metodologia Propensity Score Matching e diferenças-em-diferenças e avaliação qualitativa a partir de entrevistas em profundidade e aplicação de questionários.
- Foram observados impactos na taxa de aprovação, na distorção idade-ano e no IDEB.
- Impactos na taxa de aprovação, em relação ao grupo controle:
- Nas escolas do consórcio COGIVA-PB, o impacto na taxa de aprovação nos anos iniciais foi de 7,2%.
- No consórcio CIVAP-SP, o impacto foi de 0,6% na taxa de aprovação dos anos iniciais.
- Impacto maior nas escolas de nível socioeconômico mais baixo do COGIVA-PB.
- Impacto na taxa de distorção idade-ano:
- Redução de 1% na taxa de distorção idade-ano dos anos iniciais.
- Impacto no IDEB:
- Impacto de 7% no crescimento do IDEB dos Anos Iniciais de 2015 a 2017 para os municípios do consórcio COGIVA-PB.
- Além disso, a aplicação de questionários permitiu identificar que houve aumento na colaboração entre os municípios:
- Em ambos os consórcios, o programa promoveu aumento da colaboração entre municípios (indicador de colaboração construído): 19% de aumento no CIVAP-SP e 14% no COGIVA-PB.
- No COGIVA-PB, houve redução de 26,5% no indicador de barreiras à aprendizagem associadas a aspectos de gestão (rotatividade de professores, planejamento e clima escolar).
Análises transversais dos Resultados Linha de Base Avaliação da Qualidade da Rede – Melhoria Municipal 2021
Resumo: A Avaliação da Qualidade da Rede aplicada em 2021 nos sete municípios do Melhoria Municipal, teve como objetivo mapear resultados de linha de base em quatro dimensões estratégicas: Gestão dos Resultados Educacionais; Gestão Pedagógica; Planejamento e Gestão Administrativa; Participação, Ações Colaborativas e Controle Social.
Principais pontos:
- A maioria dos critérios foram avaliados com nível básico, entendendo que as secretarias atendem os pré-requisitos elementares de práticas de gestão, implementa ações elementares previstas em lei, mas ainda precisa se estruturar para desenvolver ações mais complexas e com intencionalidade para mudar ou aprimorar alguma situação. A rede faz uso pontual de evidências e de escuta ativa para a tomada de decisões; mas não monitora nem avalia suas políticas e programas. As ações para a articulação e colaboração com os distintos atores que fazem parte do processo educacional não são consistentes. E ainda não prioriza ações na gestão para reduzir as desigualdades nos indicadores de acesso, permanência e aprendizagem.
- Os resultados adequados na dimensão de Gestão de Resultados Educacionais, em especial Frequência e Trajetória indicam que práticas de gestão mais complexas nessas temáticas estão consolidadas. Entretanto, no critério de Aprendizagem para Todos – que procura mensurar a inclusão e equidade de grupos vulneráveis – apresentou níveis básicos, com práticas ainda elementares em implementação.
- Na dimensão de Participação, ações colaborativas e controle social, a fragilidade se destaca nos componentes de Articulação do Órgão Central e as demais pastas da prefeitura e as Relações Colaborativas com outras Secretarias Municipais de Educação e também a Secretaria Estadual. As práticas são implementadas de forma informal e/ou incipiente.
- Destaca-se que as relações da atuação do Órgão Central para fortalecer a relação-família escola e com a Rede de Proteção à Criança e ao adolescente se mostraram com nível adequado. Entretanto, quando analisada a implementação de ações nas escolas, as práticas se comportam num nível básico.


Análises transversais dos Resultados Linha de Base Avaliação da Qualidade das Iniciativas Regionais – Melhoria Regional 2021
Resumo: A Avaliação das Iniciativas Regionais, aplicada em 2021 nas seis iniciativas do Melhoria Regional, teve como objetivo mapear resultados de linha de base em quatro dimensões estratégicas: Gestão dos Resultados Educacionais; Gestão Pedagógica; Planejamento e Gestão Administrativa; Participação, Ações Colaborativas e Controle Social.
Principais pontos:
- Apenas dois componentes de gestão avaliados se mostraram exemplares (Currículo e Alimentação Escolar), o que corresponde a cerca de 15% dos territórios.
- 8 componentes foram avaliados com nível adequado em 100% das iniciativas: a) Formação continuada; b) Estágio Probatório; c) Planejamento estratégico; d) Infraestrutura escolar; e) Atuação do Órgão Central para fortalecer as relações entre escolas e famílias; f) Articulação do Órgão Central com os Conselhos Municipais; g) Articulação entre Órgão Central e demais pastas da prefeitura; h) Contribuições da iniciativa à Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente.
- 2 componentes foram avaliados com nível básico em 100% das iniciativas: a) Adesão engajamento da SME e b) Frequência de contribuições recebidas pela SME à gestão administrativa e financeira.
- Componentes com nível frágil em mais de 30% das iniciativas: Relações colaborativas formalizadas com outras parcerias, além da Iniciativa; Relações Colaborativas com a Secretaria Estadual de Educação e Contribuições recebidas pela SME à gestão administrativa e financeira.




Indicadores educacionais da Bahia
Resumo: Análises dos indicadores educacionais para o estado da Bahia.
Principais pontos:
- Regime de Colaboração para Formação Continuada Territorial no Estado-Município da Bahia, iniciado em 2019. Compreende-se que essa iniciativa apresenta inovações no campo das ações colaborativas, fornecendo formação continuada para coordenadores pedagógicos e gestores escolares que atuam no Ensino Fundamental II em escolas das redes municipal e estadual em todo o território baiano, na busca da melhoria da qualidade do ensino nesse segmento educacional no estado da Bahia.
- Em 2020 foi realizada uma Linha de Base a partir de métodos mistos, com escuta de diretores e coordenadores pedagógicos, atores estratégicos e representantes das secretarias municipais e estadual de educação. Em 2022 a linha final será aplicada, considerando a mesma metodologia. Abaixo são explorados os resultados preliminares da avaliação, considerando a evolução entre 2019 e 2022 nos principais indicadores secundários.
- Taxa de aprovação do Estado – Rede Municipal e Estadual.
- Taxa de abandono e de reprovação do Estado – Rede Municipal e Estadual.
- Taxa de distorção idade-ano do Estado – Rede Municipal e Estadual.
- Ideb e meta do Estado – Rede Municipal e Estadual.
- Saeb – Nota média e desempenho adequado por disciplinas – Rede Municipal e Estadual.






Inclusão da leitura na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Resumo: Inclusão na Lei de Diretrizes e Bases da Educação do compromisso da educação básica com a alfabetização plena e a capacitação gradual para a leitura.
Principais pontos:
- A capacidade de leitura, juntamente com a alfabetização, passou a ser um dos compromissos da educação básica em 2022. A lei com esse objetivo, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República.
- Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional, 29% da população brasileira, entre 15 e 64 anos, é composta por analfabetos funcionais. A maior dificuldade dos analfabetos funcionais é a de compreender e interpretar textos simples. E o objetivo da lei é incluir a capacitação para leitura como compromisso da educação básica.
Percurso Recuperação das aprendizagens
Resumo: informações sobre o percurso no Polo formado a partir de 07 cursos.
Principais pontos:
- São 7 cursos:
- Busca Ativa Escolar: garantia integral de direitos de crianças e adolescentes
- Acolhimento e clima escolar
- Flexibilização escolar
- Avaliação diagnóstica
- Reorganização das atividades pedagógicas
- Acompanhamento das aprendizagens
- Alfabetização como foco da gestão educacional
- Informações gerais:
- 7.384 participantes
- 1,4 curso por participante (o mesmo participante se inscrevendo em mais de um curso do percurso)
- 45% de progressão (média)
- 34% de conclusão (média)
- NPS de 84
Pontos de alavancagem para melhoria da aprendizagem com qualidade e equidade nas redes de ensino
Resumo: O que as evidências nos mostram sobre a efetividade da formação continuada nos provoca a refletir sobre pontos fortes e lacunas nas estratégias que temos ofertado no IS. Em uma breve revisão de literatura produzida em 2019, como insumo para o desenho do Melhoria, levantamos pontos importantes que não puderam ser absorvidos naquele momento. Ao encerrarmos nosso trabalho com tutoria/coaching, deixamos de atuar com uma metodologia de formação em serviço pautado em competências e formação por pares, que está elencada entre as boas práticas, e que adaptamos para o Brasil em diferentes redes (Manaus, Goiás) e que depois inspirou outras (Paraná, São Paulo).
Experimentos Avaliativos 2021 – Leia com uma Criança 2018 a 2020
Resumo: Avaliação de médio prazo realizada por meio de survey on-line, entrevistas e grupos focais, a amostra contou com 787 respondentes (+ 153 entrevistas), e os resultados obtidos a partir da triangulação de métodos (qualitativo e quantitativo) e uso de rubricas nas 3 dimensões avaliadas: formação de leitores, fortalecimento de vínculos e projetos sociais e políticas públicas.
Principais pontos:
- As 3 dimensões foram consideradas como BEM-SUCEDIDAS (em uma escala de 5 classificações que vai de “efeito adverso ou sem efeito” a “muito bem-sucedido”), abaixo destacam-se pontos relevantes para cada uma das dimensões:
- Formação de Leitores
- 78% dos participantes declaram ter melhorado e/ou ampliado MUITO sua prática de leitura para crianças A PARTIR do programa.
- 83% declaram que a ampliação dessa prática contribuiu MUITO para AUMENTAR o interesse das crianças pela leitura (lendo sozinha ou pedindo mediação).
- Fortalecimento de Vínculos
- 94% passaram a compreender que ler para uma criança APROXIMA adultos e crianças.
- 93% declaram valorizar mais os momentos de DEDICAÇÃO total à criança na mediação de leitura.
- 92% dos respondentes passaram a escutar e interagir mais com as crianças.
- Projetos Sociais e Políticas Públicas
- 45% dos participantes que identificam a INFLUÊNCIA do programa em alguma política e/ou projeto, classificam a QUALIDADE dessa política e/ou projeto como “EXCELENTE”, “MUITO BOA” ou “BOA”.