A Fundação Itaú divulgou o relatório anual com o resumo das práticas realizadas em 2024. Pelo Itaú Social, as iniciativas ocorreram prioritariamente em regime de colaboração com as redes municipais e estaduais de educação, com foco nas etapas da Educação Infantil e Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).

ℹ️ Confira o relatório anual de 2024 da Fundação Itaú

“O aprendizado do ano mostrou que avanços são possíveis com mobilização, escuta e ação coordenada, criando condições para que, em 2025, possamos consolidar esses progressos e ampliar nosso compromisso com a matemática, a educação integral e a preparação para os desafios da nova gestão municipal”, explica a superintendente do Itaú Social, Patricia Mota Guedes.

Iniciativas que estimulam a melhora na aprendizagem da matemática foram alguns dos destaques em 2024. Em Mato Grosso do Sul, professores da Educação Infantil receberam formação sobre “Mentalidades Matemáticas”, abordagem desenvolvida pela professora da Universidade Stanford (EUA), Jo Boaler, que incentiva discussões colaborativas e valoriza as diferentes maneiras de pensar a disciplina.

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Essa foi a primeira vez que a abordagem foi adaptada para o contexto da pré-escola. A ação teve como objetivo apresentar o conhecimento matemático como algo conectado com as vivências das crianças. O projeto foi implementado em cinco municípios sul-mato-grossenses, por meio de uma parceria que reuniu a Fadeb/MS (Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Educação Básica ), a secretaria estadual de Educação, a Undime/MS (União dos Dirigentes Municipais de Educação) e o Instituto Sidarta.

Em relação aos Anos Finais do Ensino Fundamental, o Itaú Social participou ativamente da criação do “Guia de apoio às transições e alocações de matrículas”. O documento relaciona estratégias para a gestão das redes de ensino com base nos desafios da etapa, como o agravamento das desigualdades na aprendizagem, a intensificação das intercorrências escolares, a fragmentação da gestão – em que a responsabilidade é dividida entre governos estaduais e prefeituras – entre outros.

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Outros projetos do Itaú Social envolveram os estados de Alagoas e Mato Grosso, onde as redes de ensino receberam suporte técnico para a formulação de políticas voltadas à transição dos Anos Finais do Fundamental. As propostas incluem estratégias que contribuem para a redução da evasão e a melhoria da trajetória escolar dos estudantes.

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Ações em números
As ações do Itaú Social em 2024 beneficiaram 5,16 milhões de pessoas. Ao todo, foram apoiadas  95 mil turmas de educação básica no período. Confira o desempenho de algumas das ações apoiadas:

• 5,16 milhões beneficiados direta e indiretamente;
• 95 mil turmas de educação básica;
• 75 secretarias municipais de Educação;
• 20,8 mil escolas;
• 3,2 mil municípios;
• R$ 19,9 milhões de recursos mobilizados para organizações da sociedade civil.

Outras iniciativas
O Itaú Social selecionou 40 projetos educacionais para receber apoio do Edital FIA (Fundos da Infância e da Adolescência). As iniciativas foram escolhidas com base em critérios como viabilidade técnica, impacto social e alinhamento com a garantia de direitos educacionais de crianças e adolescentes. As ações selecionadas buscam combater o trabalho infantil, ampliar oportunidades de aprendizagem, incentivar práticas inclusivas e expandir o uso de tecnologia no ambiente escolar.

Durante o ano de 2024, o Itaú Social distribuiu 473.910 livros em 739 municípios por meio do Leia com uma criança. O foco principal da iniciativa, cerca de 220 mil exemplares, foi para o Rio Grande do Sul, estado atingido por fenômenos climáticos extremos. Cada turma recebeu uma coleção de dez títulos de literatura infantil, ampliando os acervos literários e fomentando novas práticas pedagógicas nas instituições de Educação Infantil.

Outra ação foi o lançamento do primeiro edital “Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental“, que selecionou 18 projetos voltados à identificação e  valorização de práticas inovadoras no ensino da disciplina. Sobre a mesma temática, houve a divulgação da pesquisa “Contribuição da Matemática para a economia brasileira”, que chamou a atenção sobre o rendimento das profissões, além das desigualdades que permeiam o acesso e a permanência nesse campo profissional.