Em homenagem ao Dia dos Professores, celebrado em 15 de outubro, o governo federal sancionou a lei que declara Anísio Teixeira como patrono da Escola Pública. Com a decisão, o educador fica ao lado de outras figuras importantes para a educação brasileira, como Paulo Freire e Nilo Peçanha, patronos da Educação e da Educação Profissional e Tecnológica, respectivamente.
Natural de Caetité, no sertão da Bahia, Anísio Teixeira dedicou sua vida à ampliação do acesso à educação de qualidade para crianças, adolescentes e jovens nas escolas públicas. Um exemplo concreto dessa trajetória é a criação de universidades federais, como a UnB (Universidade de Brasília).
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“As ideias de Anísio Teixeira não foram apenas ‘bandeiras’. Foram ideias instituintes com o propósito de criar uma nova configuração política e social. Ele nos mostrou que a educação para todos os brasileiros é não só desejável, mas possível”, explica Clarice Nunes, professora de história da Universidade Federal Fluminense em uma entrevista para o Notícias da Educação.
Outros legados são sua participação na discussão da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de 1961 e na direção do Inep (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), autarquia que leva o nome de Anísio Teixeira em sua homenagem.
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O educador foi um dos pensadores pioneiros na oferta do ensino integral e de tempo integral. Em 1951, quando era secretário de Educação e Saúde da Bahia, criou o Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, que ficou conhecido como Escola Parque. O ambiente reunia atividades escolares com propostas artísticas e sociais, além de disponibilizar atendimento médico, alimentação e cuidados com a higiene.
Outra importante contribuição de Anísio Teixeira foi ter sido signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. O movimento tinha como objetivo a universalização da escola pública, laica e gratuita. Essa iniciativa ajudou a formar novas personalidades que também passaram a defender o direito ao ensino público, como Florestan Fernandes e Darcy Ribeiro.