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Dia da Mulher: Projetos escolares podem contribuir no aumento da participação feminina em profissões ligadas à matemática

Estudo indica que desigualdade de gênero na oferta de empregos ligados à Matemática está vinculado à Educação Básica


A pesquisa “Contribuição dos trabalhos intensivos em Matemática para a economia brasileira”, do Itaú Social, revela que as mulheres representam 31% dos profissionais que atuam no mercado com formação relacionada à disciplina. Nos últimos dez anos, a presença feminina nesse segmento cresceu modestos 3%.

Essa ligeira melhoria pode ser associada à disparidade de gênero ainda durante a fase da Educação Básica. Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), os meninos têm um desempenho em Matemática oito pontos maior do que as meninas. A análise global revela ainda que a proporção de estudantes com baixo desempenho na disciplina é menor entre os meninos (71%) do que entre as meninas (76%). Nos últimos dez anos, a aprendizagem das alunas em Exatas não apresentou evolução.

ℹ️ Observatório da Fundação Itaú analisa  dados do Pisa 2022

O Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) revela que a discrepância se estabelece nos Anos Finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano). Enquanto no 5º ano a diferença entre meninos e meninas com desempenho adequado em Matemática era de apenas dois pontos percentuais (48% e 46%), no 9º ano, a performance dos alunos registrou 21%, enquanto a das alunas foi de 16%.

ℹ️ Confira a análise do Itaú Social do Saeb 2021

“É comum ouvir que a Matemática é uma área de conhecimento direcionada apenas para uma parcela de estudantes, que não é “coisa de menina”, por exemplo.  Romper com esses mitos é fundamental e temos exemplos de metodologias  e abordagens que tornam o aprendizado da Matemática mais significativo, partindo do princípio de que todas e todos podem sim aprender Matemática. As redes de ensino e as escolas têm um papel central e a responsabilidade de  despertar o interesse das meninas pela Matemática e assim  trabalharem na direção de uma educação equitativa”, diz a gerente de Implementação do Itaú Social, Cláudia Sintoni.

Matemática criativa
Os estudantes das escolas municipais de Vespasiano (MG) têm tido contato com a Matemática de forma diferente. A professora Adenilde Vieira Barbosa explica que seu maior desafio foi mudar a relação dos alunos com a disciplina.

“Ao longo do ano passado, nossa tarefa foi a de passar para os estudantes que todos têm a capacidade de aprender matemática, com esforço e persistência, pois os erros são valiosos e fazem parte do processo de aprendizagem”.

A docente foi uma das participantes da formação do programa “Melhoria da Educação”, ocorrida em março de 2023. A iniciativa é realizada pelo Itaú Social, em parceria com o Instituto Sidarta, e tem como proposta apresentar a abordagem “Mentalidades Matemáticas” às professoras da rede de ensino do município mineiro.

Confira os depoimentos de especialistas sobre os benefícios do Mentalidades Matemáticas

Cinco municípios de Mato Grosso do Sul também irão adaptar a abordagem com as professoras  de pré-escola. A proposta ocorre em parceria com o Itaú Social e a FADEB (Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Educação Básica) e será voltada ao letramento matemático, em que crianças dessa etapa vivenciarão essa experiência por meio de interações e brincadeiras.

Mentalidades Matemáticas
O “Mentalidades Matemáticas” é uma abordagem pedagógica desenvolvida pela professora de Educação Matemática da Universidade Stanford (EUA), Jo Boaler, que incentiva discussões colaborativas e valoriza as diferentes maneiras de pensar a disciplina. A iniciativa considera que todos são capazes de aprender em profundidade, para além de procedimentos, fórmulas e memorização.

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