

Por Wallace Cardozo, Rede Galápagos, Salvador
Depoimento de Elige Lemos, educadora, mãe, pós-graduada em supervisão escolar, especialista em educação infantil — e cursista do Polo
Com pais e tios professores, trabalhar com educação sempre me pareceu apenas questão de tempo. E foi. Fiz magistério, depois uma especialização para a educação infantil, faculdade de letras e uma pós-graduação em supervisão escolar. Sempre optei por trabalhar no ensino público e estive diariamente em salas de aula até 2018, quando tive um filho e resolvi me afastar do trabalho para dispor de mais tempo livre.
Voltaria a trabalhar apenas quatro anos depois. Dessa vez, o desafio era assumir um posto ainda inédito para mim. Concluí a pós-graduação, mas ainda não havia atuado com supervisão escolar. Além disso, o meu afastamento fez com que eu estivesse desatualizada, especialmente em relação à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que passou a ser implementada justamente a partir de 2018.
Rolando o feed do Instagram, vi um anúncio do Polo e, ainda bem, resolvi clicar. Já no site, escolhi o curso O Coordenador Pedagógico Como Formador. O conteúdo da formação era exatamente o que eu estava precisando porque abordava a preparação da equipe para a BNCC, assim como a implementação estratégica do documento. Achei a linguagem do curso bem acessível, característica fundamental para quem ainda não tinha atuado na prática com alguns dos conceitos, como era o meu caso.
Diferentemente de outros cursos on-line que já fiz, o do Polo não estabelece um prazo para a conclusão dos estudos. Isso é legal porque não me sinto pressionada e posso finalizar a formação no meu tempo. Lembro que eu assistia a 15 minutos de aula em um momento, a 10 em outro, e assim fui até o final. Foi muito importante para o momento de reingresso em que eu me encontrava. Sinto que assumi o posto de forma mais preparada e entendendo melhor o que esperar.
Na Secretaria de Educação de Cambará do Sul (RS), onde trabalho, lido com os professores, reviso seus diários de classe e acompanho os registros. É uma função nova para mim, além de bastante burocrática. Gosto porque me sinto desafiada. Quando morava e atuava em Porto Alegre, cheguei a um momento em que sentia não haver mais para onde evoluir na carreira.
Hoje, estou com todo o gás. Pretendo continuar estudando, fazer outros cursos, um mestrado, quem sabe um doutorado… Não tenho como fugir da educação. Segue um exemplo: Cambará do Sul é uma cidade que recebe muitos turistas ao longo do ano por causa de seus grandes cânions. Tenho uma pousada, onde desenvolvi para os hóspedes um projeto de educação ambiental. Se trabalhar com educação era questão de tempo, espero ainda ter muito tempo pela frente para aprender, ensinar e renovar cada vez mais esse verdadeiro caso de amor que minha família tem com a educação.
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