Estão disponíveis para download os cinco livros produzidos pelos escritores que participaram do curso Vivências Literárias, do Itaú Social em parceria com a Balada Literária. As obras resultantes da iniciativa podem ser acessadas gratuitamente pelo site.
As atividades ocorreram dentro do Polo, ambiente de formação do Itaú Social, em 2021, e foram coordenadas pelo escritor Marcelino Freire. As oficinas contaram com a presença dos escritores Julie Dorrico, Paulo Lins e Socorro Acioli enquanto convidados especiais. Foram abordados temas como gêneros literários de autoficção e biografia, produção escrita a partir da vivência da infância, criação de sinopse, técnicas literárias para soltar o texto, entre outros
Conheça quem são os autores selecionados pelo programa
Após a finalização do curso, cinco participantes foram selecionados para concluírem seus textos iniciados durante as oficinas. Para essa tarefa, os autores receberam instruções, apoio técnico de Freire e uma bolsa de R$ 3 mil de criação literária. Todas as publicações contam com a direção artística de Daniel Minchoni e são compostas por ilustradores brasileiros, confira:
Anjos apenados
Autora: Isa Fauegi
Sinopse: nesse conjunto de contos com poética instigante, a subjetividade muito apropriada em primeira pessoa faz com que o leitor se veja no lugar do narrador-personagem. O tema da educação “ressocializadora” evoca um mundo pouco conhecido e que certamente carrega histórias tensas, capazes de expandir a imaginação de quem lê. A escrita é construída a partir de fragmentos que, como num diário, deixam ver não apenas as ações, mas também o que ocorre diante delas e de quem comanda a caneta de memórias.
Caixas papéis janela memórias alheias
Autora: Fabiana Pedroni
Sinopse: compactar memórias, o drama do livro segue numa caixa simbólica que o personagem, ao mudar de casa, precisa preparar. Escolher. A memória é pensada em si. Não se trata de narrar algo preso à memória, mas de selecionar o que deve ficar na memória do instante presente, já que o texto encena um tempo de mudança. Com isso, a narrativa se verticaliza no debate do conceito e na tentativa de pensar na construção “objetiva” da memória.
Me ensina e escrever o meu nome
Autora: Monaliza Caetano
Sinopse: sejam galinhas ou meninas, poleiros ou conversas de internet, há sempre uma ideia a ser rompida no livro de contos estreado pela escritora. Memórias que tocam pontos sensíveis de quem lê. Na linguagem verbal e na temática que mistura conteúdos, há a tensão necessária para envolver o leitor.
Quando era mato, tudo
Autor: Kenny Rogers
Sinopse: há algum tempo, aqueles que se dedicam a pensar educação deixaram de utilizar infância no singular, porque tornou-se impossível fechar os olhos ao fato de que existem muitas infâncias, de que elas são plurais e constituem-se como experiências profundamente marcadas pelo meio onde se desenrolam. Este texto dá-nos a conhecer imagens, pensamentos e interações presentes em infâncias ainda pouco retratadas. As memórias são a boa matéria-prima, e a escrita em trechos curtos, que ora o texto assume, é inovadora.
Sete crenças e uma família
Autora: Valdelice Santos
Sinopse: os temas são singelos, por isso mesmo envolventes. Não resta dúvida de que são vindos da memória histórica e afetiva da escritora. Se não, dá fabuladora. Esta obra consegue, de maneira fluida, dar conta do cotidiano no Recôncavo da Bahia, sem exageros ou mistificações desnecessárias. Há cor local. Há também um vocabulário em equilíbrio com o objeto narrado. Temática que nos interessa, sobre o modo de vivenciarmos como povo nossas experiências de fé e crenças.