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Em Tanquinho (BA), pedagogo se aprimora com cursos on-line do Polo e convida colegas professores e coordenadores pedagógicos a incluir a formação continuada em sua rotina.


O professor Jefferson sente-se motivado a trabalhar com educação e agora estuda como ressignificar o uso do telefone celular em sala de aula: “É preciso pensar em estratégias para que ele passe de vilão a aliado, tornando a minha aula mais interessante que a rede social”. Foto: Arquivo pessoal

Por Wallace Cardozo, Rede Galápagos, Salvador (BA)
Depoimento de Jefferson Souza, natural de Tanquinho, pedagógico, licenciado em história, pós-graduado em gestão educacional — e cursista do Polo

“De paraquedas.” Foi assim que comecei a trabalhar com coordenação pedagógica. Eu já atuava com a educação antes dessa primeira aventura, mas em outra função. Durante muitos anos, fui técnico na Secretaria de Educação de Tanquinho, onde moro. Nesse papel, fui orientador e articulador do município em diversos programas do Ministério da Educação.

Eu dormia e acordava pensando em educação. Sempre fui apaixonado pela área e não tive dúvidas na hora de assinalar pedagogia ao escolher a minha primeira graduação. Desde então, já fiz uma licenciatura em história, concluí uma pós-graduação em gestão educacional e estou cursando outras duas: educação digital e gestão de políticas públicas. Gostava do meu trabalho na secretaria, mas gosto mais ainda de desafios.

Tanquinho é uma cidade pequena, cuja população não chega a 9 mil pessoas. Ao todo, são nove escolas. As quatro na sede e outras quatro na zona rural são responsáveis pela educação infantil e pelo ensino fundamental. A escola estadual dá conta do ensino médio. Em 2019, a então secretária de educação me convidou para assumir a coordenação de uma dessas escolas do campo.

Foi uma experiência de muito aprendizado. Como técnico, eu tinha uma noção distante da realidade da sala de aula. Agora, eu entendia o que é gerenciar uma turma multisseriada com 20 alunos, do 1º ao 5º ano, assistindo à mesma aula. Levei teoria e aprendi com a prática. Logo veio a pandemia e as aulas foram suspensas. Tive também uma breve passagem como professor de história para a educação de jovens e adultos. Esse foi o momento em que mais li Paulo Freire.

Hoje, sou coordenador pedagógico de uma escola municipal que oferece o ensino fundamental 2. Após três anos de trabalho com coordenação, tenho cada vez mais vontade de participar de cursos para aperfeiçoar a minha atuação. Gosto muito de estudar e adquirir conhecimento, mas existe um motivo menos célebre para essa busca por especialização, que é colaborar para que os nossos jovens tenham maiores e melhores perspectivas de vida e não se tornem apenas mais alguns números nas estatísticas de desistência e evasão. Em cidades pequenas, como Tanquinho, é comum que a escola seja um dos únicos espaços culturais e de formação disponíveis, apenas em concorrência com as igrejas. 

Por meio de um anúncio, descobri o Polo, plataforma de formação do Itaú Social. Havia muitas opções disponíveis, mas imediatamente me interessei pelo curso intitulado O Coordenador Pedagógico como Formador. Gostei muito das trilhas, pois toda a atividade é conduzida de maneira dinâmica e interativa. Até queria que tivesse uma carga horária maior. 

Achei os temas abordados muito atuais, o que me ajudou a entender ainda melhor qual o papel do coordenador. Lembrei de situações que observava enquanto técnico, ao realizar inspeções nas instituições de ensino. Em algumas delas, os coordenadores estavam realizando atividades que não cabiam ao seu cargo e, consequentemente, deixando de exercer o seu papel.

Recomendei o Polo para os professores e brinquei que não tem desculpa porque é possível concluir a maioria das formações em um dia e por meio do celular. Eu levei dois dias para concluir o meu, só porque gosto de conferir os materiais mais de uma vez, anotar e olhar as referências externas com calma. Já defini qual será o próximo: Flexibilização Curricular. Antes, só preciso terminar algumas obrigações; afinal, são duas pós-graduações para cursar e uma escola para coordenar.

Não sinto que a universidade, sozinha, me preparou para ser um coordenador pedagógico. Seria impossível, pois muitas coisas são aprendidas com a prática do cotidiano. Outras tantas com esses cursos, já que toda hora tem uma novidade. Com a pandemia, por exemplo, o celular passou a ser um recurso fundamental para professores e estudantes. Hoje, não faz mais sentido proibir seu uso na sala de aula. Ao contrário, é preciso pensar em estratégias para que ele passe de vilão a aliado, tornando a minha aula mais interessante que a rede social.

Sempre que recomendo o Polo a alguém, faço questão de reforçar a mensagem de que a formação continuada não é perda de tempo, mas um investimento na carreira. A educação é dinâmica, e um bom profissional precisa estar atualizado. O Polo também influencia nas formações que dou aos professores. Estou montando a próxima, em que vou adaptar alguns dos recursos interativos que vi na plataforma, como o quiz.

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